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Nos aumenta lucros em 7,6% para 51 milhões de euros

De Janeiro a Junho deste ano as receitas da operadora cresceram 6,2% para 743,1 milhões de euros, impulsionadas pelo crescimento do número de clientes e proveitos em todos os serviços.

Miguel Baltazar/Negócios
27 de Julho de 2016 às 18:04
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No primeiro semestre do ano os lucros da operadora liderada por Miguel Almeida (na foto) situaram-se em 50,9 milhões de euros, um aumento de 7,6% face ao período homólogo de 2015, de acordo com o comunicado emitido à CMVM esta quarta-feira, 27 de Julho.

Olhando apenas para o segundo trimestre deste ano, a Nos obteve um resultado consolidado líquido foi de 26,5 milhões de euros, um crescimento de 10% face aos 24,1 milhões de euros registados de Abril a Junho de 2015. Os analistas consultados pela Reuters estimavam que a operadora terminasse o segundo trimestre do ano com um lucro de 24,5 milhões de euros.

Esta performance foi impulsionada pelo crescimento das receitas totais em 6,2% para 743,1 milhões de euros, com a Nos a registar melhorias em todos os serviços de telecomunicações. Aliás, esta área de negócio registou um aumento nas receitas de 6,7% para 710,4 milhões de euros e a de cinemas 2,4%. Já as receitas da vertente audiovisuais recuaram 4,8% para 33 milhões de euros.

O EBITDA (resultados antes de juros, impostos, amortizações e depreciações) acompanhou a tendência, tendo crescido 7,6% para 286,5 milhões de euros. A margem EBITDA passou de 38,1% para 38,6%.

O número total de serviços da operadora aumentou 8,9% para 8,7 milhões, tendo somado de Janeiro a Junho 717 mil adições líquidas.

Analisando por segmentos, a Nos sublinha que na televisão por subscrição chegou a Junho com 1,5 milhões de clientes (+4,8%), dos quais 71,9 mil conquistados durante o primeiro semestre.

Da base total de clientes de televisão, 40,9% são subscritores de um pacote de serviços. De acordo com o comunicado, no final de Junho o número de clientes convergentes situava-se em 644 mil, um número que representa um aumento de 26,3% face à primeira metade de 2015 e 44,4% do total de clientes da Nos dos vários segmentos.

Na área móvel a Nos também registou melhorias ao alcançar 4,27 milhões de clientes, mais 10,6% face ao ano anterior. Ou seja, angariou mais 409,1 mil subscritores móveis, "com o número de cartões SIM convergentes a atingir 1,26 milhões face aos 941 mil verificados no final de Junho de 2015", detalha a operadora.

Já nos serviços de banda larga fixa a Nos conta com 1,2 milhões de clientes (+13,1%), tendo registado 139,5 mil novos clientes.

No segmento de telefone fixo a tendência foi igual, com o número de subscritores a crescer 5,9% para 1,6 milhões, dos quais 92,8 mil captados durante o período em análise.

A rubrica de clientes empresariais também teve uma evolução positiva, com a Nos a sublinhar que "continua a conquistar clientes muito importantes no segmento de grandes empresas, quer no sector público quer no sector privado, da área da saúde, ao retalho e aos transportes".

Uma performance que levou ao aumento de receitas de 9,5% e de 13,1% do número de serviços empresariais para 1,3 milhões.

No final de Junho a rede de fibra óptica da Nos chegava a 3,7 milhões de casas, um aumento de 6,7% (ou 233 mil casos) face ao primeiro semestre de 2015.

A receita média por utilizador (ARPU) também cresceu 3,9%, passando de 41,7 euros para 43,4 euros.

A expansão da cobertura de rede tem sido uma das principais apostas de investimento da operadora. No total, durante os primeiros seis meses do ano, o investimento (CAPEX) da operadora nas várias vertentes atingiu 196,1 milhões, "um valor em linha com o verificado no primeiro semestre do ano passado".

Para Miguel Almeida, CEO da Nos, "estes primeiros seis meses consolidam a opção da Nos pela inovação contínua, por garantir os melhores serviços aos clientes, assentes na maior e mais moderna infra-estrutura de comunicações. Estes resultados são ainda mais significativos tendo em conta a progressiva penetração dos serviços de comunicações no mercado nacional. A Nos continua pois a apresentar crescimentos robustos, que se materializam num aumento claro de quota de mercado", acrescenta.

Na terça-feira a Nos anunciou que chegou a acordo com a Meo para a partilha de conteúdos desportivos, bem como para a comparticipação dos custos (actuais e futuros). A Vodafone e a Cabovisão também assinaram o mesmo documento.

Este acordo vai permitir garantir a não exclusividade dos conteúdos desportivos, mas também a partilha de custos. Por essa razão, foi ‘aplaudido’ pelo mercado uma vez que vai permitir a divisão dos custos dos contratos milionários assinados entre as operadoras (Nos e Meo) e os clubes de futebol.

As acções da Nos fecharam esta sessão a subir 6,04% para 6,127 euros, naquela que foi a maior subida desde Março de 2015, precisamente a reflectir o acordo alcançado entre as duas empresas.

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