Notícia
Lucros da EDP recuam 20% no primeiro semestre
O menor contributo de efeitos não recorrentes impactou o resultado da energética. No primeiro semestre, o mercado ibérico e as renováveis cresceram, enquanto o Brasil recuou.
Os lucros da EDP recuaram 20% para 472 milhões de euros no primeiro semestre. Este resultado está em linha com o esperado pelo CaixaBI, que antecipou uma quebra de 20% dos lucros para 470 milhões de euros.
Os lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) desceram 3% para um total de 2.067 milhões de euros, penalizados pelo menor contributo de efeitos não recorrentes.
No primeiro semestre do ano passado, a compra de 50% da central termoeléctrica de Pecém I no Brasil e a venda de activos de gás em Espanha permitiu encaixar mais 384 milhões de euros. Mas este ano, os efeitos não recorrentes só geraram 61 milhões de euros, obtidos com a venda das mini-hídricas de Pantanal no Brasil.
Excluindo estes efeitos, o EBTIDA do grupo EDP subiu 15% para 2.006 milhões de euros, impulsionado pelo aumento da chuva e do vento na Península Ibérica e no Brasil.
Na actividade eólica e solar (31% do EBITDA total), a EDP Renováveis cresceu 18% para 648 milhões de euros, com a ajuda de: maior produção (mais 23%) à boleia do aumento da capacidade instalada e por uma eolicidade mais forte; maior receita com parcerias instituicionais nos Estados Unidos. A pesar nesta rubrica está a queda do preço média de venda em 4 euros por megawatts-hora (MWh) para 60 MWh, devido ao preço mais baixo em Espanha, e pelos preços mais baixos em novas centrais e pelo fim de um acordo de venda de electricidade numa central no Texas.
As redes reguladas na Península Ibérica (24% do EBITDA), contribuíram com um total de 496 milhões (menos 13%), influenciadas por um ganho não recorrente em 2015: a venda de activos de gás em Espanha.
O contributo da produção contratada de longo prazo na Península Ibérica (13% do EBITDA total) caiu 15% para 275 milhões, impactado pela transferências de oito centrais hídricas para o mercado liberalizado que contribuíram com 41 milhões de euros para as receitas da EDP no primeiro semestre de 2015. Estas centrais têm capacidade instalada de 627 megawatts e uma produção anual de 1,7 terawatts hora, num ano hídrico médio.
As actividades liberalizadas na Península Ibérica (18% do EBITDA), subiram 184 milhões para 367 milhões, "impulsionado por um custo médio de geração mais baixo, decorrente da forte recuperação nos recursos hídricos e produção", e por um "aumento dos resultados com gestão de energia, compatível com um contexto de preços baixos e com grande volatilidade no primeiro semestre".
Já a contribuição da EDP Brasil (14% do EBITDA) caiu 40% para 301 milhões, penalizada pelo menor impacto de efeitos não recorrentes: 267 milhões em 2015 face a 61 milhões este ano.
O "impacto cambial desfavorável" pesou 77 milhões no EBITDA, devido à depreciação de 20% do real contra o euro, em termos médios.
A contribuir para o resultado no Brasil esteve a consolidação integral da central de Pecém I (mais 86 milhões de euros, não contando com o impacto cambial) e uma "forte melhoria" do nível dos reservatórios nas centrais hídricas.
A energética sublinha que a dívida líquida caiu 900 milhões de euros no semestre para um total de 16,5 mil milhões, suportada principalmente pela venda de défice tarifário em Portugal.
A EDP sublinha também que a sua posição de liquidez financeira (caixa e linhas de crédito disponíveis) chega aos 5,6 mil milhões de euros, "cobrindo as necessidades de refinanciamento da EDP até após 2018".
Os lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) desceram 3% para um total de 2.067 milhões de euros, penalizados pelo menor contributo de efeitos não recorrentes.
No primeiro semestre do ano passado, a compra de 50% da central termoeléctrica de Pecém I no Brasil e a venda de activos de gás em Espanha permitiu encaixar mais 384 milhões de euros. Mas este ano, os efeitos não recorrentes só geraram 61 milhões de euros, obtidos com a venda das mini-hídricas de Pantanal no Brasil.
Na actividade eólica e solar (31% do EBITDA total), a EDP Renováveis cresceu 18% para 648 milhões de euros, com a ajuda de: maior produção (mais 23%) à boleia do aumento da capacidade instalada e por uma eolicidade mais forte; maior receita com parcerias instituicionais nos Estados Unidos. A pesar nesta rubrica está a queda do preço média de venda em 4 euros por megawatts-hora (MWh) para 60 MWh, devido ao preço mais baixo em Espanha, e pelos preços mais baixos em novas centrais e pelo fim de um acordo de venda de electricidade numa central no Texas.
As redes reguladas na Península Ibérica (24% do EBITDA), contribuíram com um total de 496 milhões (menos 13%), influenciadas por um ganho não recorrente em 2015: a venda de activos de gás em Espanha.
O contributo da produção contratada de longo prazo na Península Ibérica (13% do EBITDA total) caiu 15% para 275 milhões, impactado pela transferências de oito centrais hídricas para o mercado liberalizado que contribuíram com 41 milhões de euros para as receitas da EDP no primeiro semestre de 2015. Estas centrais têm capacidade instalada de 627 megawatts e uma produção anual de 1,7 terawatts hora, num ano hídrico médio.
As actividades liberalizadas na Península Ibérica (18% do EBITDA), subiram 184 milhões para 367 milhões, "impulsionado por um custo médio de geração mais baixo, decorrente da forte recuperação nos recursos hídricos e produção", e por um "aumento dos resultados com gestão de energia, compatível com um contexto de preços baixos e com grande volatilidade no primeiro semestre".
Já a contribuição da EDP Brasil (14% do EBITDA) caiu 40% para 301 milhões, penalizada pelo menor impacto de efeitos não recorrentes: 267 milhões em 2015 face a 61 milhões este ano.
O "impacto cambial desfavorável" pesou 77 milhões no EBITDA, devido à depreciação de 20% do real contra o euro, em termos médios.
A contribuir para o resultado no Brasil esteve a consolidação integral da central de Pecém I (mais 86 milhões de euros, não contando com o impacto cambial) e uma "forte melhoria" do nível dos reservatórios nas centrais hídricas.
A energética sublinha que a dívida líquida caiu 900 milhões de euros no semestre para um total de 16,5 mil milhões, suportada principalmente pela venda de défice tarifário em Portugal.
A EDP sublinha também que a sua posição de liquidez financeira (caixa e linhas de crédito disponíveis) chega aos 5,6 mil milhões de euros, "cobrindo as necessidades de refinanciamento da EDP até após 2018".