O Haitong reviu em alta a sua avaliação para as acções da EDP de 3,25 para 3,35 euros, tendo mantido a recomendação de "comprar". Os analistas destacam o potencial de crescimento nas energias renováveis, a redução da dívida e a política de remuneração accionista, bem como a procura por activos de menor risco, factores que deverão sustentar a recuperação das acções.

O Haitong decidiu ajustar as suas estimativas para a EDP após a divulgação dos resultados dos primeiros seis meses do ano. O preço-alvo subiu dez cêntimos para 3,35 euros, com os especialistas a mostrarem-se optimistas para a eléctrica. A nova avaliação confere às acções um potencial de subida de 12,4% face à actual cotação (2,981 euros).

"Temos uma visão positiva para a EDP baseada em razões estruturais", aponta o banco de investimento. O forte potencial de crescimento nas renováveis, melhoria da geração de free-cash-flow, que permite reduzir a elevada alavancagem e manter uma política de dividendos atractiva são alguns dos pontos apontados pelos especialistas.

Mas há mais catalisadores que poderão puxar pelas acções. "Considerações tácticas como a recuperação do real, e naturalmente as condições de crédito na Europa devem ser catalisadores positivos para a acção", escrevem os analistas Jorge Guimarães e Nelson Rei Bernardino. Além de beneficiar da descida dos custos de financiamento, a empresa deverá ainda ganhar com a elevada correlação com o risco soberano no país.

Num momento de grande instabilidade nos mercados, as acções deverão ainda ser beneficiadas pela "elevada procura por activos de menor risco com ‘yields’ atractivas", bem como o crescimento das metas na subsidiária EDP Renováveis, remata o Haitong.