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Jardim Gonçalves diz que crédito ao filho não violou a lei
A investigação das autoridades de supervisão ainda mal começou, mas Jardim Gonçalves já montou a defesa sobre a suposta concessão de crédito, por parte do BCP, ao seu filho, Filipe Vasconcelos Jardim Gonçalves.
A investigação das autoridades de supervisão ainda mal começou, mas Jardim Gonçalves já montou a defesa sobre a suposta concessão de crédito, por parte do BCP, ao seu filho, Filipe Vasconcelos Jardim Gonçalves.
Numa nota enviada ao "Diário Económico", o fundador do maior banco privado português defende que a concessão de crédito a familiares próximos não é proibida por lei, ou seja, que o BCP não cometeu nenhuma irregularidade se emprestou dinheiro ao filho do banqueiro ou a empresas por ele maioritariamente controladas.
Na mesma nota, o banqueiro explica que "o que a lei proíbe é, apenas e só, a concessão de crédito aos próprios titulares desses órgãos [administração e fiscalização]" e que se, por exemplo, o presidente do conselho de administração "demonstrar que não beneficiou, directa ou indirectamente, dessa concessão de crédito, nenhuma irregularidade é cometida".
Na prática, o que lei – Regime geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras – pretende, segundo a leitura da equipa jurídica de Jardim Gonçalves, é evitar situações em que, por exemplo, um administrador obtém crédito do banco onde exerce o cargo utilizando como "testa de ferro" a sua mulher, ou filho.