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“Improvável que novo dono da PT sejamos nós”

O líder da Sonae, Paulo Azevedo, adiantou hoje que a Portugal Telecom "ainda tem uma cultura típica de empresa pública", referindo que esta operadora continua a braços "com lutas de interesse", razão pela qual acredita que "a PT irá ter um novo dono", ref

31 de Maio de 2007 às 15:47
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O líder da Sonae, Paulo Azevedo, adiantou hoje que a Portugal Telecom "ainda tem uma cultura típica de empresa pública", referindo que esta operadora continua a braços "com lutas de interesse", razão pela qual acredita que "a PT irá ter um novo dono", reforçando esta ideia por considerar que "não há nenhuma estratégia para a empresa para quando a ‘golden-share’ desaparecer". O responsável sublinhou, porém, que "é improvável" que o novo dono da PT venha a ser o grupo Sonae.

Paulo Azevedo, convidado de um almoço promovido pelo American Club, adiantou que antes de lançar a oferta pública de aquisiçaõ (OPA) sobre a PT considerou que o facto "de existirem problemas de lutas de interesse, ineficiência e, julgo, também alguns problemas de corrupção e com a sustentabilidade do modelo social" por resolver na PT, seria razão mais do que suficiente para convencer o Governo a apoiar a oferta da Sonaecom, algo que não veio a acontecer. "O Governo achou que tinha garantido a separação das redes em qualquer caso" apontou o líder da Sonae.

O responsável referiu ainda que a PT, quando a "golden-share" desaparecer – "mais cedo ou mais tarde vai acabar" –, "provavelmente" será comprada por "um grande operador internacional", tendo sendo essa uma outra razão que levou a Sonaecom a acreditar no apoio do Governo à sua oferta.

Como razões para a derrota da operadora nortenha na oferta sobre a Portugal Telecom, Paulo Azevedo apontou "os argumentos que não foram suficientes para convencer o Governo", a demora na análise do processo, que "levou a cotação da PT a subir muito", assim como a boa resposta da administração liderada por Henrique Granadeiro.

"Conseguiram manter a Brandes [accionista da PT com 7,41%] do seu lado e encontraram um parceiro forte, a Telmex, para os apoiar... temos que dar mérito" adiantou Paulo Azevedo.

O líder da Sonae apontou, porém, que também viu  "tácticas de última hora" com as quais "achámos que não deveríamos fazer parte", especialmente aquando da convocatória da assembleia geral que acabou por "chumbar" a desblindagem dos estatutos do Grupo PT.

"São tácticas aceites nos mercados internacionais, mas que têm algumas práticas contra os nosso valores... Essas tácticas prejudicaram o total de presenças na AG e, como se sabe, quanto menos capital estivesse presente, mais fácil seria garantir a minoria de bloqueio" referiu Paulo Azevedo.

Sobre o futuro da Sonaecom, e já à margem do discurso no almoço do American Club, o líder da Sonae avançou aos jornalistas que, para o futuro, vê "uma Sonaecom sozinha, mas bastante maior", negando o cenário avançado pela Merril Lynch de uma eventual fusão TMN/Optimus.

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