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HNA quer vender quase 13 mil milhões de euros em activos no primeiro semestre

Os accionistas chineses da TAP querem vender activos para pagar a dívida e superar uma crise de liquidez que tem penalizado os negócios do grupo.

31 de Janeiro de 2018 às 08:55
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O HNA Group, accionista chinês da TAP, quer vender cerca de 100 mil milhões de yuan (12,7 mil milhões de euros) em activos no primeiro semestre, para ajudar a pagar a sua dívida e recuperar de um crise de liquidez que tem pesado sobre os negócios do conglomerado chinês.

Segundo avança a Bloomberg esta quarta-feira, 31 de Janeiro, a companhia quer arrecadar, com a venda de activos, cerca de 20 mil milhões de yuan no primeiro trimestre e 80 mil milhões entre Abril e Junho.

O grupo está sob uma pressão crescente para alienar alguns activos devido aos seus problemas de liquidez, depois de ter gastado dezenas de milhares de milhões de dólares em investimentos financiados por dívida nos últimos anos. A onda de aquisições transformou aquela que era uma companhia aérea pouco conhecida – Hainan Airlines – num dos maiores gigantes empresariais da China, com participações no Deutsche Bank e na cadeia de hotéis Hilton.

Em meados deste mês, depois de o grupo ter passado a ser notícia quase diariamente devido à sua situação financeira, o próprio chairman da empresa admitiu problemas de liquidez que, segundo ele,  "existem porque fizemos um grande número de fusões", numa altura em que a economia do país passou "de um crescimento rápido a moderado", penalizando o acesso do grupo a financiamento.

"A subida dos juros por parte da Reserva Federal e a desalavancagem na China provocaram problemas de liquidez no final do ano passado a muitas empresas chinesas", afirmou Chen Feng, acrescentando, porém, estar "confiante que vamos superar as dificuldades e manter um desenvolvimento sustentável, saudável e estável".

 

Como sublinhou a Reuters, foi um raro reconhecimento por parte de um responsável do HNA de que o grupo enfrenta problemas financeiros, depois de, nas últimas semanas, vários bancos locais terem demonstrado preocupações devido à falta de pagamentos, e de os custos de financiamento da empresa terem disparado. O Financial Times noticiou recentemente que o grupo enfrenta taxas entre 11 e 12% para se financiar a um ano.

 

A dívida da empresa, que tem feito soar os alarmes, cresceu mais de um terço nos primeiros 11 meses de 2017 para um total de 637,6 mil milhões de yuan (cerca de 81 mil milhões de euros), enquanto os activos atingiram 1,2 biliões de yuan em Junho.

 

Em Dezembro, o conglomerado já tinha colocado à venda cerca de 20 imóveis comerciais no valor de 6 mil milhões de dólares - incluindo edifícios em Nova Iorque, Londres e outras grandes cidades mundiais.

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