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Accionista chinês da TAP fechou 2017 com uma dívida de 78 mil milhões

O conglomerado chinês aumentou as receitas e os lucros no ano passado, mas também a dívida. A escalada nos custos de financiamento desencadeou uma onda de venda de activos.

28 de Abril de 2018 às 14:18
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O HNA Group, accionista chinês da TAP, fechou o ano passado com uma dívida de 598 mil milhões de yuan (cerca de 78 mil milhões de euros), de acordo com os dados divulgados na apresentação dos seus resultados anuais, citados pelo Financial Times.

Os números revelam a extensão da pressão financeira a que o conglomerado chinês tem estado sujeito, e que o levaram a alienar uma série de activos nos últimos meses. A empresa não revelou, contudo, números actualizados que reflictam essas vendas de quase 11 mil milhões de euros que foram realizadas só este ano.

De acordo com o FT, os custos com empréstimos aumentaram de 2 mil milhões de dólares (cerca de 1,65 mil milhões de euros) no primeiro semestre de 2017 para 5 mil milhões de dólares no conjunto do ano, desencadeando a crise de liquidez que tem afectado o grupo.

As receitas do HNA aumentaram de 194 mil milhões de yuan em 2016 para 592 mil milhões (cerca de 77,28 mil milhões de euros) em 2017, enquanto os lucros cresceram de 1,5 mil milhões para 2,6 mil milhões de yuan (cerca de 339 milhões de euros).

No início deste ano, depois de o grupo ter passado a ser notícia quase diariamente devido à sua situação financeira, o próprio chairman da empresa admitiu problemas de liquidez que, segundo ele,  "existem porque fizemos um grande número de fusões", numa altura em que a economia do país passou "de um crescimento rápido a moderado", penalizando o acesso do grupo a financiamento.
 

Foi um raro reconhecimento por parte de um responsável do HNA de que o grupo enfrenta problemas financeiros, depois de vários bancos terem demonstrado preocupações devido à falta de pagamentos, e de os custos de financiamento da empresa terem disparado.

 

A crise de liquidez levou o grupo a colocar à venda uma série de activos, numa altura em que a sua falta de transparência as dúvidas sobre quem controla a empresa também fizeram soar os alarmes em muitos países.

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