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Nova Zelândia bloqueia aquisição dos chineses da TAP

O regulador apontou falta de transparência em relação à estrutura accionista do conglomerado chinês e bloqueou proposta de 388 milhões de euros por uma empresa financeira.

Reuters
21 de Dezembro de 2017 às 11:48
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A Nova Zelândia impediu o HNA Group, accionista da TAP, de adquirir uma companhia financeira daquele país, devido à falta de transparência sobre quem controla o grupo chinês, que tem negócios desde a banca à aviação.

Os chineses da TAP ofereciam 660 milhões de dólares neozelandeses (cerca de 388 milhões de euros) pela UDC Finance, uma unidade do ANZ Bank, adianta o Financial Times. A proposta foi bloqueada pelo Overseas Investment Office (OIO), o regulador responsável pelo investimento estrangeiro.

"As informações fornecidas sobre a propriedade e interesses não foram suficientes ou adequadas para o OIO determinar quem são as pessoas estrangeiras relevantes para a proposta [do HNA] de comprar a UDC", afirmou Lisa Barrett, vice-presidente do OIO, citada pelo FT.

O grupo chinês, por seu lado, disse que a decisão da Nova Zelândia parece determinada pelas "notícias negativas" que têm saído na comunicação social, e não pelas informações apresentadas pela empresa.

"Estamos decepcionados com a decisão da OIO e achamos inconsistente com os pontos de vista de outros reguladores em todo o mundo que emitiram recentemente aprovações para o HNA e outros investidores chineses", afirmou um porta-voz do HNA. "O ambiente político actual na Nova Zelândia em relação ao investimento estrangeiro desempenhará um papel significativo na definição dos nossos próximos passos".

O Financial Times adianta que a decisão marca a primeira rejeição de um negócio pelo regulador, desde a tomada de posse do novo governo liderado por Jacinda Ardern, em Outubro. Nos últimos três anos, o OIO bloqueou cinco aquisições estrangeiras.

O HNA fez aquisições de mais de 40 mil milhões de dólares desde 2015 -  incluindo grandes participações no Deutsche Bank e na cadeia de hotéis Hilton - mas os analistas, incluindo a agência de rating S&P, têm mostrado preocupações relativamente à alavancagem do grupo e ao seu acesso a financiamento.

Os custos dos empréstimos aumentaram recentemente, e obrigaram o grupo a colocar à venda imóveis de mais de 6 mil milhões de dólares, para fazer face à dívida que contraíram para financiar a onda de aquisições.

Na terça-feira foi noticiado que o HNA quer vender cerca de 20 imóveis comerciais, incluindo edifícios em Nova Iorque, Londres e outras grandes cidades mundiais. 

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