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Governo dá incentivo de 33 milhões de euros para a construção da barragem do Tua

O consórcio de associações que tem contestado a construção da barragem do Tua remeteu uma carta para o Comité do Património Mundial da UNESCO em que alerta para a aprovação de incentivos financeiros pelo Governo português à EDP. O montante em causa ultrapassará 33 milhões de euros, a ser pago nos próximos dez anos, noticia o "Público".

23 de Agosto de 2012 às 09:26
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Segundo aquele diário, a denúncia é assinada pelo presidente da associação ambientalista Geota, João Joanaz de Melo, que contesta que apesar de Portugal se ter comprometido a abrandar as obras e a aguardar o relatório dos peritos que estiveram no Douro a avaliar o impacto da barragem, tenha dias depois aprovado o incentivo que beneficia a eléctrica.

“As implicações desta decisão e o seu ‘timing’ são claros e cristalinos: a EDP e o Governo português têm andado a enganar a UNESCO ao longo de todo este tempo sem se importar minimamente com as conclusões do relatório da missão”, alerta a carta assinada por Joanaz de Melo, que o "Público" transcreve. Este comportamento representa, na óptica dos ambientalistas, uma estratégia de “facto consumado”, pondo em causa o respeito pelos protocolos e a credibilidade da UNESCO.

Os ambientalistas juntaram à denúncia ainda várias fotografias em que procuram demonstrar que ao contrário do que tem sido anunciado pelo Estado português, as obras no Tua continuam a “toda a força”. “Estão lá agora mais máquinas do que há três meses”, diz o presidente da Geota.

O grupo de activistas acusa que além de constituir uma benesse injustificável para a EDP, a aprovação de incentivos é também prova que Estado português não está a respeitar o compromisso de aguardar pelo relatório da missão para depois decidir o futuro da barragem.

Os incentivos agora aprovados, relembra o Público, dizem respeito ao conjunto de todas as novas barragens ou obras para o aumento de potência das já existentes. O mesmo jornal garante que o actual governo conseguiu reduzir os montantes anteriormente negociados pelo executivo de José Sócrates, com a EDP, Endesa e Iberdrola.
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