Notícia
Gestores portugueses fazem viagem perigosa num helicópetro na Venezuela
Um conjunto de gestores da EDP, Galp e Estaleiros Navais de Viana do Castelo, e jornalistas viajaram ontem, ao final do dia, num helicópetro de carga russo, que comportava 16 pessoas e acabou por transportar 34 passageiros, na Venzuela.
Um conjunto de gestores da EDP, Galp e Estaleiros Navais de Viana do Castelo, e jornalistas viajaram ontem, ao final do dia, num helicópetro de carga russo, que comportava 16 pessoas e acabou por transportar 34 passageiros, na Venzuela.
A petrolífera venezuelana, PDVSA, responsável pela operação logística da sessão com José Sócrates e Hugo Chávez na Faixa de Orinoco, na quarta-feira, colocou 34 pessoas num helicóptero para 16 lugares, na sua maioria jornalistas e empresários portugueses, a pedido da comitiva do primeiro-ministro.
Na Faixa de Orinoco, cerca de 500 quilómetros a sul de Caracas, o primeiro-ministro português e o Presidente venezuelano visitaram a exploração conjunta que a GALP e a PDVSA têm num dos blocos daquela área.
Terminada a cerimónia, os jornalistas portugueses foram deixados para o fim da fila no acesso aos helicópteros que fizeram a primeira parte do regresso à capital venezuelana.
Ao fim de uma longa espera, debaixo de um calor intenso (com a temperatura a rondar os 40 graus), num local sem comunicações, jornalistas, empresários nacionais e alguns jovens venezuelanos da PDVSA, num total de 34 pessoas, foram metidos num helicóptero com capacidade para 16 lugares.
Entre os 34 passageiros, encontrava-se o chairman da EDP, António Almeida, e dois administradores executivos da eléctrica portuguesa, Jorge Cruz Morais e Paulo Miraldo além do presidente dos Estaleiros de Viana.
O Jornal de Negócios viajou neste helicópetro mas alguns jornalistas portugueses recusaram-se a entrar no mesmo dadas as condições.
Muitos dos passageiros estavam sentados no chão e a maioria não tinha cinto de segurança. Não foi feita nenhuma lista com os passageiros que viajavam no helicópetro nem assinado nenhum termo de responsabilidade.
O grupo que viajou neste helicóptero acabou por chegar a Caracas com cinco horas de atraso, não tendo assistido a todo o programa da tarde do segundo dia da visita oficial do primeiro-ministro, José Sócrates, à Venezuela.
Os empresários teceram comentários de desagrado durante a viagem