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Entrada da Sonae em Angola é positiva apesar de impacto limitado no curto prazo

A Sonae está a ultimar os últimos pormenores para entrar em Angola, o que é visto com bons olhos pelos analistas do BPI.

19 de Novembro de 2012 às 10:12
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A entrada da Sonae em Angola está cada vez mais próxima e, apesar de o novo mercado não ser uma novidade, os analistas da unidade de investimento do BPI vêem como positivo o recente avanço.

No final da semana passada, o “Dinheiro Vivo” noticiou que, perto de um ano depois da autorização do governo angolano, a angolana Agência Nacional para o Investimento Privado já deu luz verde ao projecto. A Sonae estará, segundo avançou a publicação, a ultimar os últimos pormenores para o arranque das operações, que será feito com cinco hipermercados, quatro em Luanda e um em Huambo.

“Estamos na última etapa para arrancar com o projecto. Estamos a finalizar os pequenos pormenores que permitam lançar o projecto”, sublinhou ao “Dinheiro Vivo” fonte oficial da empresa liderada por Paulo Azevedo (na foto).

“Vemos o facto de que a empresa está, actualmente, a finalizar os pormenores para iniciar a sua operação como positivo, embora sublinhemos que o projecto deverá ter um impacto limitado na Sonae no curto prazo”, comenta a equipa de “research” do BPI, na nota de comentário diária a que o Negócios teve acesso.

A estreia naquele mercado africano será feito através da parceria da Sonae, já anunciada em Abril do ano passado, com a Condis, companhia detida por Isabel dos Santos, filha do presidente Eduardo dos Santos.

“Vemos esta operação em Angola como positiva para a Sonae já que permite que a empresa alargue as operações a um mercado de rápido crescimento, com perspectivas fortes para o crescimento do PIB e onde há ainda uma muito limitada penetração do retalho moderno (menos de 10%)”, continuam os analistas do BPI Equity Research.

Com um investimento de 103 milhões de dólares (80,1 milhões de euros), ainda não há data para a entrada no mercado. “Acreditamos que o ritmo de abertura de lojas da empresa no país será suave e gradual Pensamos que, no final, a abertura do primeiro hipermercado deverá ser adiada para 2014”, acrescentam os especialistas do BPI, banco que é dono de 8,9% da Sonae e que é detido em 19,5% pela Santoro, empresa de Isabel dos Santos.

Segundo os cálculos do BPI, Angola poderá trazer mais entre 340 e 375 milhões de euros às vendas da retalhista e entre 40 e 45 milhões de euros ao EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) que a empresa apresentar no período entre 2018 e 2020. Os números representam entre 5% e 6% das vendas da Sonae em 2011 e 9% e 10% do respectivo EBITDA.

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de “research” emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de “research” na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.
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