Notícia
Empresas portuguesas mais endividadas que as europeias
As empresas da Bolsa de Lisboa estão mais endividadas do que as pares europeias e enfrentam dificuldades acrescidas para fazer face ao pagamento dos juros. O que, para Carlos Tavares, representará um pesado "fardo" quando chegar a retoma da economia.
Maria João Gago
mjgago@negocios.pt
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André Veríssimo
averissimo@negocios.pt
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Elisabete de Sá
esa@negocios.pt
15 de Julho de 2009 às 00:01
As empresas da Bolsa de Lisboa estão mais endividadas do que as pares europeias e enfrentam dificuldades acrescidas para fazer face ao pagamento dos juros. O que, para Carlos Tavares, representará um pesado "fardo" quando chegar a retoma da economia.
Segundo os dados da CMVM (Comissão do Mercado de Valores Mobiliários), a dívida das cotadas não financeiras portuguesas equivalia a cerca de 150% dos seus capitais próprios no final de 2008. O que compara com valores inferiores a 100% em Espanha e Itália e de cerca de 50% em França e na Alemanha. Cenário idêntico volta a ocorrer nas empresas financeiras, com o rácio a aproximar-se dos 100% em Portugal contra cerca de 50% nos outros países.
A elevada dívida acaba por consumir também uma maior parcela dos resultados operacionais das empresas portuguesas. Os números do regulador revelam que os resultados operacionais representavam menos do dobro do juro pago, quando há dois anos eram mais do triplo. É o nível mais baixo dos países considerados.
O valor mais alto é observado em França, com os lucros antes de impostos e juros a representarem seis vezes mais que os encargos com a dívida.
Segundo os dados da CMVM (Comissão do Mercado de Valores Mobiliários), a dívida das cotadas não financeiras portuguesas equivalia a cerca de 150% dos seus capitais próprios no final de 2008. O que compara com valores inferiores a 100% em Espanha e Itália e de cerca de 50% em França e na Alemanha. Cenário idêntico volta a ocorrer nas empresas financeiras, com o rácio a aproximar-se dos 100% em Portugal contra cerca de 50% nos outros países.
O valor mais alto é observado em França, com os lucros antes de impostos e juros a representarem seis vezes mais que os encargos com a dívida.