"Às vezes vejo opiniões isoladas, algumas vozes críticas, mas Portugal não podia perder este comboio. Faz parte de um movimento global", afirmou. O gestor falava durante a conferência de apresentação da versão chinesa do Portugal Economy Probe, plataforma que reúne informação sobre a economia nacional, em Lisboa.

Catroga alerta que "em Portugal fomos pioneiros neste movimento estratégico irreversível" do investimento chinês, que arrancou em 2011 com a compra de uma participação na EDP pelo China Three Gorges. "Por mérito próprio", garantiu.

"Foi mais que uma mera participação financeira. [A aquisição] tem de ser inserida num âmbito de desenvolvimento estratégico das duas empresas", reforça Eduardo Catroga, dando exemplos de investimentos previstos para novos territórios como a América Latina.

"A China, ao contrário da Rússia, tem aparecido como uma potência estabilizadora. Estamos a assistir a novas rotas da seda, aplicadas ao século XXI", afirmou, alertando para o crescente peso da China nas relações económicas com a Europa.

Para o presidente da EDP, "Portugal ganhou o respeito da China como parceiro sério, amigo e responsável" mas as empresas portuguesas não podem parar o movimento de exploração de outros mercados. A cooperação transatlântica mostra-se interessante na visão de Catroga.