À margem da apresentação da versão chinesa do Portugal Economy Probe, plataforma que reúne informação sobre a economia nacional, Catroga desvalorizou as críticas feitas ao investimento estrangeiro em Portugal. "Devo dizer que aparecem opiniões desse tipo, mas quase sempre não devidamente fundamentadas. Os números mostram que o peso do investimento chinês em Portugal ainda é muito pequeno", realçou.

Ainda assim, "Portugal não podia ficar à margem" desta tendência de investimento chinês no mundo, abrindo a porta das empresas portuguesas à internacionalização. Foi o caso da EDP, com a entrada no capital da China Three Gorges.

Na passada sexta-feira, na conferência anual do Negócios, Fernando Ulrich mostrou-se chocado com "tanto investimento" chinês realizado no país. O BPI – instituição que lidera – esteve na corrida ao Novo Banco, mas acabou afastado do processo.

Investidores chineses da Fosun – dona da Fidelidade e da Luz Saúde – e da Ambang ainda podem ficar com a instituição liderada por Eduardo Stock da Cunha.

Eduardo Catroga defendeu ainda que uma das principais tarefas do Governo – seja qual for a cor política a liderar – "é criar condições atractivas para atrair poupança externa e investimento produtivo". "A austeridade é um jargão político que não tem substância. O que é fundamental é não voltar às políticas de endividamento excessivo", reiterou.