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Durão Barroso quer Galp com centro de decisão em Portugal

O primeiro-ministro Durão Barroso afirmou que a intenção do Governo, com a venda de uma parcela de pelo menos 33,34% do capital da Galp Energia, é garantir que a companhia fique com o centro de decisão em Portugal e que a base accionista nacional seja ref

12 de Maio de 2004 às 00:29
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O primeiro-ministro Durão Barroso afirmou que a intenção do Governo, com a venda de uma parcela de pelo menos 33,34% do capital da Galp Energia, é garantir que a companhia fique com o centro de decisão em Portugal e que a base accionista nacional seja reforçada.

Entrevistado pelo Sic Notícias Durão Barroso diz que o objectivo do Governo é «garantir que o controlo da Galp fique em Portugal»

«Quero que a Galp fique com o centro de decisão em Portugal», afirmou o primeiro-ministro, explicando que a empresa liderada por Ferreira do Amaral e António Mexia é «muito importante» para Portugal.

Durão lembrou que o futuro accionista da Galp vai substituir os italianos da Eni, que acordaram sair da Galp em troca de dinheiro e uma posição minoritária no capital da futura EDP Gás. Para além da posição de 33,34% da ENI, o Estado poderá ainda vender os 14,27% da EDP na Galp, pois a eléctrica também acordou sair da Galp em troca de uma posição de controlo sobre os activos de gás da companhia.

Também a CGD e os espanhóis da Iberdrola são accionistas da Galp, empresa que o Governo quer colocar em bolsa até ao fim do primeiro trimestre de 2005.

São quatro os grupos que estão a concorrer à aquisição de parte do capital da Galp: o Grupo José de Mello, a Viacer - os dois únicos consórcios 100% de capital de empresas portuguesas - o consórcio liderado pela Carlyle e a capital da risco britânica CVC Partners.

No consórcio da Carlyle estão presentes as empresas portuguesas Fomentinvest, Grupo Espírito Santo e Grupo Amorim.

«Qualquer que seja o vencedor o peso accionista nacional vai sair reforçado», reforçou Durão Barroso, recusando as acusações dos partidos da oposição de que o Governo está a beneficiar o grupo Carlyle.

«É uma má fé» pois «não há ainda nenhuma decisão tomada», disse a mesma fonte, adiantando que a decisão do Executivo vai ser tomada com o apoio de recomendações técnicas (parecer da Goldman Sachs, que está a estudar as quatro propostas) e de um «comité de sábios» formado por Eduardo Catroga, Morais Leitão e Luís Sapateiro.

O primeiro-ministro confirmou que a recomendação do comité de sábios terá de ser dada até ao final do mês e o Governo vai escolher o futuro accionista da Galp no início do próximo mês.

«Penso que no início do próximo mês de Junho haverá já uma decisão», afirmou.

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