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Carlyle propõe investimentos de mil milhões para a Galp

O consórcio liderado pela Carlyle, a Luso-oil, propõe um plano de investimentos de mil milhões de euros para a Galp Energia caso ganhe o concurso para a compra de pelo menos 33,34% do capital.

29 de Abril de 2004 às 14:59
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O consórcio liderado pela Carlyle, a Luso-oil, propõe um plano de investimentos de mil milhões de euros para a Galp Energia caso ganhe o concurso para a compra de pelo menos 33,34% do capital. Desde bolo, a investir em cerca de três a cinco anos, cerca de 600 milhões de euros têm como destino a refinação e logística, e 400 milhões de euros, o retalho.

Entre os planos de expansão em Espanha, a compra da rede da Shell pela Galp é uma das apostas do candidato, mas não a única para garantir à companhia portuguesa 15% do mercado ibérico.

Segundo Ângelo Correia, porta-voz do consórcio, o projecto representa um «dos maiores investimentos em capital e financiamento bancário realizados em Portugal», comparável apenas ao da AutoEuropa em termos de investimento directo estrangeiro (IDE).

Sem querer, por respeito ao Estado, divulgar detalhes da proposta financeira, Ângelo Correia adianta que o valor oferecido pela Galp é «substancialmente mais alto» que o valor de referência, cerca de dois mil milhões de euros para 100% do capital, excluindo uma dívida de mil milhões de euros.

É uma operação de «grande envergadura» que explica, no entender do presidente do Banco Espírito Santo, Ricardo Salgado, a necessidade que os portugueses tiveram de se associar a um grupo estrangeiro com grande capacidade financeira, como é a Carlyle.

Em conferência de imprensa, o líder do BES sublinhou ainda o facto de ter sido a Carlyle a tomar a iniciativa de mostrar ao Governo interesse em investir na Galp e de se associar a parceiros portugueses.

Para além da capacidade financeira, o Fundo trará, segundo estes responsáveis, mais-valias a outros níveis, pela experiência na realização de dispersões em bolsa e de gestão de empresas do sector energético.

A Luso-oil, que hoje se apresentou em conferência de imprensa, é composta pelo Fundo Americano Carlyle com 60% do capital, e por um bloco de accionistas nacionais que tem o resto do consórcio.

Os nacionais são liderados pela Fomentivest, holding participada por Ilídio Pinho e Grupo Espírito Santo, Horácio Roque e Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD), contando ainda com o Grupo Espírito Santo, o Grupo Amorim, a Fundação Oriente e a Olinvest, da família Oliveira da Riopele.

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