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Viacer quer mais do que 33,34% do capital da Galp

A Viacer, dos accionistas nacionais da Unicer; Violas, Arsopi e BPI, apresentou uma proposta base para a compra de 33,34% do capital da Galp, mas está interessada em que a sua participação seja maior, admitiu hoje em conferência de imprensa, o líder do co

27 de Abril de 2004 às 12:19
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A Viacer, dos accionistas nacionais da Unicer; Violas, Arsopi e BPI, apresentou uma proposta base para a compra de 33,34% do capital da Galp, mas está interessada em que a sua participação seja maior, admitiu hoje em conferência de imprensa, o líder do consórcio.

Sem querer entrar em detalhes quantitativos da oferta, Manuel Ferreira de Oliveira reconhece que há sugestões para aumentar a participação no capital para além dos 33,34%. O Governo já manifestou disponibilidade para vender até 48% do capital da Galp, que corresponde às posições conjuntas da Eni e da EDP.

O consórcio Viapetro é constituído pela Viacer, com 68% do capital, e ainda pelo BPI e Grupo Violas, com 13,5% cada, e a Arsopi com 5%. A proposta apresentada ontem tem um forte rácio de capitais próprios, segundo Manuel Ferreira de Oliveira.

A oferta conta ainda com o apoio de um sindicato bancário constituído pelo BPI, com 40%, e pelo Société Générale, com 60%, segundo explicou ao Canal de Negócios, o presidente do banco, Artur Santos Silva. Depois a operação de financiamento será recolocada no mercado internacional, sublinhou.

Maior empresa industrial de Portugal

Caso ganhe o concurso para a compra da Galp Energia, a Viacer tem como objectivo criar o maior grupo industrial nacional, a partir do activo que já detém, 56% da Unicer, e da própria base industrial dos accionistas Grupo Violas, que para além do sector do turismo está presente na indústria têxtil, e da Arsopi, fabricante de vários equipamentos para a indústria alimentar e petroquímica com uma forte componente exportadora.

A proposta aponta para um forte investimento no desenvolvimento a longo prazo da área da refinação, com projecto de 300 milhões de euros para a unidade de Sines e um plano de 100 milhões de euros para a unidade de Matosinhos.

Segundo, Ferreira de Oliveira, esta proposta corresponde a um reforço significativo dos investimentos previstos no plano de negócios da empresa para esta área.

A Viapetro aposta ainda no reforço da «upstream», na pesquisa e produção de petróleo.

O objectivo, diz Ferreira de Oliveira, é conseguir produção própria para 25% da capacidade nacional de refinação. Nos próximos dois a três anos, a Petrogal deverá conseguir, apenas com o Bloco 14, o único em produção, atingir 10%.

A expansão em Espanha é outro objectivo, «difícil de atingir», reconheceu Ferreira de Oliveira, mas importante. O consórcio aponta para uma quota ibérica de 15% a 20%.

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