Notícia
CTT passam de prejuízos a lucros de 17,2 milhões de euros no semestre
Os CTT fecharam o primeiro semestre com um resultado líquido de 17,2 milhões de euros. Os rendimentos operacionais atingiram 412,8 milhões de euros.
Os CTT encerraram os primeiros seis meses de 2021 com lucros de 17,2 milhões de euros, que comparam com prejuízos de dois milhões de euros registados no período homólogo. O crescimento foi "impulsionado principalmente pelo crescimento no EBIT recorrente", refere a empresa.
Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários esta quinta-feira, o grupo postal revela que os rendimentos operacionais subiram 18,2% para 412,8 milhões de euros, mais 63,6 milhões do que no mesmo período de 2020.
O negócio de Expresso e Encomendas manteve a trajetória de crescimento, ao avançar 47,8% para 125,8 milhões de euros, atingindo "novos máximos de rendimentos". Este segmento beneficiou do "forte desempenho da região ibérica, com Espanha a mostrar os resultados da estratégia delineada", com um crescimento de 79,5%. Em Portugal, o negócio cresceu 29,6%. Entre janeiro e junho, Espanha representou quase metade (45,5%) das receitas do segmento Expresso e Encomendas, uma subida de 8 pontos percentuais face ao homólogo. Em Portugal e Espanha, foram transacionados 35,8 milhões de objetos, mais 59,6% face ao primeiro semestre de 2020.
A CTT Expresso Espanha atingiu o breakeven de EBITDA no segundo trimestre, com 1,5 milhões de euros, e 1,3 milhões de euros no semestre. Um resultado que superou as previsões da empresa. No segundo trimestre, o EBIT recorrente da CTT Expresso Espanha também atingiu o breakeven.
A empresa refere que a estratégia de crescimento se mantém em Espanha. "Para fortalecimento da capacidade e da cobertura" no país vizinho estão planeados quatro novos centros operacionais, até 2022, "estando assim a operação em Espanha preparada para acolher o crescimento que se antecipa para os próximos trimestres".
Segundo o grupo postal, "este investimento, em conjunto com o crescimento já verificado e com novos processos de negócio ao nível da software de distribuição, novos modelos de remuneração de parceiros e renegociação de contratos existentes tem vindo a permitir uma redução de custos variáveis e um consequente aumento da rentabilidade da operação em Espanha".
Raspadinhas impulsionam retalho
Por sua vez, os rendimentos do Correio aumentaram 6,6% para 216,1 milhões de euros, um desempenho que a empresa liderada por João Bento classifica como "sólido face ao contexto económico e à tendência secular dos serviços de Correio".
O desempenho resultou "do aumento dos rendimentos do correio transacional (+7,1%), cuja receita beneficiou do aumento do contributo dos produtos de maior valor acrescentado, os quais apresentam também um maior valor unitário, assistindo-se a uma menor dependência do correio normal", cujo peso na receita passou de 37% para 34%, justifica a empresa. O peso do correio registado e internacional de chegada subiu de 34% para 37%, contribuindo também para a melhoria.
As soluções empresariais registaram uma quebra de 14,3% devido à "queda significativa nos preços de venda dos Equipamentos de Proteção Individual e dos volumes de venda elevados que se atingiram" no segundo trimestre do ano passado.
No segmento de Serviços Financeiros e Retalho, os rendimentos operacionais aumentaram 10,3% para 23,7 milhões de euros. Os rendimentos dos serviços financeiros recuaram 2,2%, enquanto os serviços de pagamentos dos CTT cresceram 11,9%. Os produtos e serviços de retalho aumentam 50,8%, principalmente devido ao negócio do jogo, que disparou 125,5%, "impulsionado pela introdução no 4T20 da venda de "raspadinhas" e ao progressivo alargamento da sua comercialização a toda a rede de lojas".
Banco CTT com 725 moratórias
Já o Banco CTT fechou o semestre com uma subida dos rendimentos operacionais de 19%, para 45,7 milhões de euros. A margem financeira subiu 20,4% para 25,7 milhões de euros
A empresa destaca a parceria firmada com a Sonae Financial Services em abril, com a qual o Banco CTT passou a ser o único credor
em relação à carteira de crédito do Cartão Universo. O negócio gerou rendimentos de 2,6 milhões de euros no segundo trimestre, com um volume de balanço líquido de 185,5 milhões.
A produção de crédito à habitação recuou 18,5% para 69,3 milhões de euros, "refletindo os efeitos da retração económica causada pelo contexto pandémico".
Os depósitos de clientes aumentaram 12,9% face a dezembro de 2020 para 1.906,7 milhões de euros e foram criadas 26 mil novas contas, para um novo total de 543 mil.
Segundo a empresa, a 30 de junho de 2021 existiam 725 créditos sob moratória, que correspondem a 40,1 milhões de euros, 30,8 milhões dos quais relativos a crédito à habitação. O valor representa 3,3% do total da carteira bruta de crédito a clientes. "Do total de moratórias terminadas, existem cerca de 2,9 M€ com atrasos superiores a 30 dias, que representam cerca de 11% do total de moratórias privadas terminadas em 30 de setembro de 2020", revela a empresa.
CTT esperam contrato de concessão "dentro do prazo"
Os gastos operacionais cresceram 10,9% para 381,8 milhões de euros. Os gastos com pessoal aumentaram 4,2%. A 30 de junho, os CTT tinham mais 246 trabalhadores do que no período homólogo, num total de 12.261.
As imparidades e provisões reduziram-se -47,7% "em resultado da revisão das matrizes de risco de crédito e da melhoria da situação económica, tendo em conta que o período homólogo estava fortemente impactado pela pandemia e incerteza, sobretudo a nível do crédito auto".
O investimento aumentou 7,6% para 11,7 milhões de euros no semestre, com destaque para a área de Expresso e Encomendas.
A empresa espera que 2021 "continue a ser marcado pelo desenrolar da pandemia de COVID-19", e por um "contexto de elevada incerteza", que ainda assim deverá levar os CTT a alcançar um EBIT 60 milhões acima do exercício de 2020.
O grupo postal faz ainda referência ao processo relativo ao novo contrato de concessão. "Reafirmamos a confiança de que o mesmo será formalizado dentro do prazo da prorrogação em vigor. Tal deverá melhorar a capacidade de os CTT cumprirem as obrigações do serviço universal num enquadramento mais sustentável".
Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários esta quinta-feira, o grupo postal revela que os rendimentos operacionais subiram 18,2% para 412,8 milhões de euros, mais 63,6 milhões do que no mesmo período de 2020.
A CTT Expresso Espanha atingiu o breakeven de EBITDA no segundo trimestre, com 1,5 milhões de euros, e 1,3 milhões de euros no semestre. Um resultado que superou as previsões da empresa. No segundo trimestre, o EBIT recorrente da CTT Expresso Espanha também atingiu o breakeven.
A empresa refere que a estratégia de crescimento se mantém em Espanha. "Para fortalecimento da capacidade e da cobertura" no país vizinho estão planeados quatro novos centros operacionais, até 2022, "estando assim a operação em Espanha preparada para acolher o crescimento que se antecipa para os próximos trimestres".
Segundo o grupo postal, "este investimento, em conjunto com o crescimento já verificado e com novos processos de negócio ao nível da software de distribuição, novos modelos de remuneração de parceiros e renegociação de contratos existentes tem vindo a permitir uma redução de custos variáveis e um consequente aumento da rentabilidade da operação em Espanha".
Raspadinhas impulsionam retalho
Por sua vez, os rendimentos do Correio aumentaram 6,6% para 216,1 milhões de euros, um desempenho que a empresa liderada por João Bento classifica como "sólido face ao contexto económico e à tendência secular dos serviços de Correio".
O desempenho resultou "do aumento dos rendimentos do correio transacional (+7,1%), cuja receita beneficiou do aumento do contributo dos produtos de maior valor acrescentado, os quais apresentam também um maior valor unitário, assistindo-se a uma menor dependência do correio normal", cujo peso na receita passou de 37% para 34%, justifica a empresa. O peso do correio registado e internacional de chegada subiu de 34% para 37%, contribuindo também para a melhoria.
As soluções empresariais registaram uma quebra de 14,3% devido à "queda significativa nos preços de venda dos Equipamentos de Proteção Individual e dos volumes de venda elevados que se atingiram" no segundo trimestre do ano passado.
No segmento de Serviços Financeiros e Retalho, os rendimentos operacionais aumentaram 10,3% para 23,7 milhões de euros. Os rendimentos dos serviços financeiros recuaram 2,2%, enquanto os serviços de pagamentos dos CTT cresceram 11,9%. Os produtos e serviços de retalho aumentam 50,8%, principalmente devido ao negócio do jogo, que disparou 125,5%, "impulsionado pela introdução no 4T20 da venda de "raspadinhas" e ao progressivo alargamento da sua comercialização a toda a rede de lojas".
Banco CTT com 725 moratórias
Já o Banco CTT fechou o semestre com uma subida dos rendimentos operacionais de 19%, para 45,7 milhões de euros. A margem financeira subiu 20,4% para 25,7 milhões de euros
A empresa destaca a parceria firmada com a Sonae Financial Services em abril, com a qual o Banco CTT passou a ser o único credor
em relação à carteira de crédito do Cartão Universo. O negócio gerou rendimentos de 2,6 milhões de euros no segundo trimestre, com um volume de balanço líquido de 185,5 milhões.
A produção de crédito à habitação recuou 18,5% para 69,3 milhões de euros, "refletindo os efeitos da retração económica causada pelo contexto pandémico".
Os depósitos de clientes aumentaram 12,9% face a dezembro de 2020 para 1.906,7 milhões de euros e foram criadas 26 mil novas contas, para um novo total de 543 mil.
Segundo a empresa, a 30 de junho de 2021 existiam 725 créditos sob moratória, que correspondem a 40,1 milhões de euros, 30,8 milhões dos quais relativos a crédito à habitação. O valor representa 3,3% do total da carteira bruta de crédito a clientes. "Do total de moratórias terminadas, existem cerca de 2,9 M€ com atrasos superiores a 30 dias, que representam cerca de 11% do total de moratórias privadas terminadas em 30 de setembro de 2020", revela a empresa.
CTT esperam contrato de concessão "dentro do prazo"
Os gastos operacionais cresceram 10,9% para 381,8 milhões de euros. Os gastos com pessoal aumentaram 4,2%. A 30 de junho, os CTT tinham mais 246 trabalhadores do que no período homólogo, num total de 12.261.
As imparidades e provisões reduziram-se -47,7% "em resultado da revisão das matrizes de risco de crédito e da melhoria da situação económica, tendo em conta que o período homólogo estava fortemente impactado pela pandemia e incerteza, sobretudo a nível do crédito auto".
O investimento aumentou 7,6% para 11,7 milhões de euros no semestre, com destaque para a área de Expresso e Encomendas.
A empresa espera que 2021 "continue a ser marcado pelo desenrolar da pandemia de COVID-19", e por um "contexto de elevada incerteza", que ainda assim deverá levar os CTT a alcançar um EBIT 60 milhões acima do exercício de 2020.
O grupo postal faz ainda referência ao processo relativo ao novo contrato de concessão. "Reafirmamos a confiança de que o mesmo será formalizado dentro do prazo da prorrogação em vigor. Tal deverá melhorar a capacidade de os CTT cumprirem as obrigações do serviço universal num enquadramento mais sustentável".