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CIP estima que atividade económica cresceu até 0,5% no 4.º trimestre de 2023

Segundo a confederação, se estes valores se verificarem, confirma-se a previsão do barómetro para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2023 em 2,2%.

Encontrar e reter trabalhadores é uma das principais dificuldades sentidas pelas empresas de vários setores, incluindo na indústria.
Bruno Colaço
24 de Janeiro de 2024 às 08:11
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A atividade económica cresceu entre 0,3% e 0,5% no último trimestre de 2023, mas a produção industrial continuou em queda, segundo dados divulgados esta quarta-feira pela CIP - Confederação Empresarial de Portugal.

"Com base nos indicadores analisados, o Barómetro da Conjuntura Económica CIP/ISEG aponta para uma melhoria da atividade económica no último trimestre de 2023, recuperando da queda observada no trimestre anterior. O crescimento em cadeia terá sido um pouco mais forte que o projetado, em dezembro, pelo Banco de Portugal, admitindo-se que se tenha situado entre 0,3% e 0,5%", avançou a CIP em comunicado.

Esta evolução foi sustentada pelo consumo privado e pela procura externa líquida.

Segundo a confederação, se estes valores se verificarem, confirma-se a previsão do barómetro para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2023 em 2,2%.

Pela negativa destacaram-se, em dezembro, a deterioração do indicador de confiança das empresas industriais e o decréscimo da produção industrial.

No anterior relatório foi adiantada uma previsão de crescimento para a economia portuguesa entre 1% e 2% em 2024.

Porém, o barómetro concluiu que esta é agora "relativamente incerta e muito condicionada pela evolução económica na área do euro e pela evolução das atuais tensões geopolíticas internacionais".

Citado na mesma nota, o diretor-geral da CIP, Rafael Alves Rocha, afirmou que o último trimestre correu melhor do que o que se esperava, mas ressalvou que "muitas dúvidas" pairam sobre o novo ano.

"Para complicar, temos agora a crise no Mar vermelho a entupir as cadeias de abastecimento. Se o problema se mantiver, os efeitos na inflação serão mais do que certos, o que fará adiar a redução das taxas de juro, um bálsamo que as empresas e famílias anseiam. Com o país em suspenso até à posse do novo Governo, 2024 parece cada vez mais um ano economicamente em risco", assinalou.
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