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CIP e ISEG veem recuperação na procura externa e subida de 0,2% no PIB no 4º trimestre

A economia poderá, assim, suster um crescimento de 2,2% neste ano. Para 2024, os economistas da instituição apontam para 1,5% de crescimento. Mas crise política e conjuntura são riscos.

Portugal exportou menos 812 milhões de euros, em termos nominais, para os seus dez maiores clientes no segundo trimestre deste ano.
Luís Guerreiro
21 de Dezembro de 2023 às 16:21
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O ano deverá fechar com a "boa notícia" de recuperação na procura externa, sendo agora provável o retorno ao crescimento da economia no trimestre final de 2023 após a contração ligeira (-0,2%) ocorrida nos meses de verão, indica nesta quinta-feira o barómetro mensal de conjuntura económica produzido pelo ISEG e parceria com a Confederação Empresarial de Portugal (CIP).

 

Segundo este, os indicadores disponíveis permitem antecipar 0,2% de crescimento do PIB em cadeia na reta final do ano. A previsão está em linha com o que espera, por exemplo, também o Banco de Portugal para a variação trimestral. As estimativas do ISEG a anteciparem 2,2% de subida real no PIB no conjunto do ano (o BdP aponta para 2,1%).

 

"Os três derradeiros meses do ano terão conseguido resistir aos ventos contrários, embora por muito pouco. A boa notícia é que a procura externa melhorou", reflete a CIP, resumindo as expectativas.

 

No barómetro, é referido que o contributo da procura externa líquida para o PIB deverá voltar a ser positivo, "embora o principal definidor do crescimento do PIB no quarto trimestre possa vir a ser o crescimento do consumo privado, cujo peso é maior neste trimestre, e em relação ao qual ainda há incerteza".

 

O crescimento do PIB nacional de 2,2%, a concretizar-se, fica bastante acima daquele que é esperado para Zona Euro (0,6% nas previsões da Comissão Europeia), recorda a publicação. Mas não deixará de representar uma forte travagem.

 

O ISEG lança para o próximo ano a previsão de um crescimento que poderá variar entre 1% e 2%, com o valor central nos 1,5%.

 

"Este intervalo pressupõe crescimentos baixos do consumo privado e do investimento, na ordem dos que caracterizam o final do corrente ano, e um contributo positivo da procura externa líquida, ainda que bastante inferior ao de 2023", indica a nota de hoje.

 

Porém, lembra, há riscos: um conjuntural, e outro que decorre da atual crise política de desfecho eleitoral incerto. Desde logo, há o risco de a recuperação da Zona Euro ficar aquém do previsto (1,2% de crescimento em 2024), mas há também "um risco interno de não resolução rápida da atual crise política que possa ter impacto negativo na atividade económica em Portugal".

"Se estes riscos se concretizarem o crescimento tenderá a situar-se na banda inferior do intervalo, senão se concretizarem, a banda superior do intervalo avançado será mais provável", indica a publicação.

                             

 

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