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Quarto trimestre surpreende e garante subida do PIB de 2,3% no ano passado

Estimativa preliminar do INE avança que no trimestre final do ano passado a economia terá registado um crescimento de 0,8% em cadeia.

David Gray/Reuters
30 de Janeiro de 2024 às 09:40
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A economia portuguesa surpreendeu no quatro trimestre e garantiu, para o conjunto do ano, um crescimento de 2,3%, ligeiramente acima das previsões do Governo e também do que antecipava a maioria das instituições nacionais e internacionais.

 

De acordo com estimativa preliminar do Instituto Nacional de Estatística, publicada nesta terça-feira, nos últimos três meses do ano passado a economia nacional obteve um ganho em cadeia de 0,8%.

O INE explica que "o contributo da procura interna para a variação em cadeia do PIB aumentou no 4.º trimestre, refletindo o comportamento do consumo privado, enquanto o contributo da procura externa líquida foi menos negativo".

 

Este nível de expansão, de 0,8%, no final do ano - após uma contração ligeira no terceiro trimestre - supera em grande medida aquelas que eram as previsões avançadas. O Banco de Portugal, nomeadamente, esperava 0,2% de subida, o que permitiria alcançar um crescimento anual de 2,1%, conforme a estimativa avançada pela instituição em Dezembro. Também os economistas dos principais núcleos académicos com projeções económicas – de ISEG e Católica – esperavam variações em torno desse valor, apontando para um média de crescimento anual de 2,2%.

 

De resto, 2,2% era também a previsão no cenário do Governo apresentado em outubro, acompanhado pelo Conselho das Finanças Públicas e por OCDE e Comissão Europeia. Apenas o Fundo Monetário Internacional antecipou um pouco mais, os 2,3% de crescimento, que agora se parecem confirmar.

Só no final de fevereiro o INE confirmará os valores de crescimento, altura em publicará também o relato mais detalhado para aquela que foi a evolução dos agregados económicos do PIB.

 

Para já assinala que, no toca à variação anual do PIB, a procura interna deu um contributo positivo, "embora inferior ao observado no ano anterior, verificando-se uma desaceleração do consumo privado e do investimento". "O contributo da procura externa líquida também foi positivo em 2023, mas menos intenso que em 2022, tendo as exportações e as importações de bens e serviços em volume desacelerado significativamente", descreve.

 

Para este ano, as previsões de crescimento oscilam entre 1,2% e 1,5%, sendo assim esperado abrandamento. Contudo, a  dinâmica de aceleração maior da economia no quatro trimestre poderá colocar agora o país em melhor posição no que toca à evolução projetada para este ano.

 

  

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