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CEO da Starbucks planeia contratar 10 mil refugiados

Howard Schultz anunciou a medida, a aplicar em 75 países, alguns dias depois da polémica em torno do decreto de Donald Trump, que tem como objectivo impedir a entrada de pessoas naturais de sete países de maioria muçulmana.

Bloomberg
30 de Janeiro de 2017 às 11:49
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O CEO da Starbucks, Howard Schultz, anunciou que a empresa planeia contratar 10 mil refugiados nos próximos cinco anos em 75 países, numa altura em que os EUA estão dominados pela polémica em torno do decreto de Donald Trump a limitar a entrada de pessoas naturais de sete países.


O gestor enviou uma carta aos trabalhadores a referir que faria tudo o que fosse possível para ajudar quem fosse afectado, entre o pessoal da Starbucks. Os esforços para contratar deverão começar nos EUA e focam-se inicialmente em pessoas que serviram com as tropas americanas como intérpretes e outro pessoal de apoio em vários países em que o exército precisou de ajuda.


O CEO da Starbucks tem sido activo em vários assuntos polémicos nos EUA, tendo pedido aos clientes para não trazerem armas para as lojas e apelando à troca de ideias sobre o tema da raça. Schultz adiantou ainda que se o governo americano acabar com o Obamacare e os funcionários perderem cobertura através de seguros de saúde, a empresa iria assegurar que os teriam de volta. O líder da Starbucks disse ainda que iria manter boas relações comerciais com o México.


A primeira semana da presidência de Donald Trump foi marcada por várias polémicas, desde uma troca de palavras azeda em público com o presidente do México por causa da construção do muro, aos protestos generalizados desde que foi assinado um decreto a impedir a entrada nos EUA de pessoas nascidas em sete países de maioria muçulmana, mesmo que fossem detentores de autorizações de residência e trabalho.


O caos que se seguiu nos aeroportos americanos, e que fez com que centenas de pessoas fossem detidas quando chegaram ao país, levou a que várias empresas se insurgissem contra a medida, nomeadamente na área tecnológica.


A Google aconselhou os seus trabalhadores a regressarem o mais depressa possível aos EUA e companhias como a Apple e a Microsoft contestaram o decreto, oferecendo apoio legal aos trabalhadores que fossem afectados. Em causa estão cidadãos do Iraque, Irão, Síria, Somália, Sudão, Líbia e Iémen. 

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