Notícia
BPP está a transferir dívidas dos seus veículos para os clientes
Clientes do BPP estão a ser constituídos pelo banco como sendo devedores dos empréstimos contraídos pelos veículos utilizados pelos produtos de retorno absoluto garantido. As autoridades estão a investigar.
14 de Julho de 2009 às 13:47
Clientes do BPP estão a ser constituídos pelo banco como sendo devedores dos empréstimos contraídos pelos veículos utilizados pelos produtos de retorno absoluto garantido. As autoridades estão a investigar.
“Os extractos mostram que os clientes se tornaram devedores do banco e isso tem que ser muito bem averiguado”, revelou esta manhã Carlos Tavares, presidente da CMVM, num encontro como jornalistas.
Numa altura em que já foram pedidas explicações à administração do banco fundado por João Rendeiro, os dados já recolhidos indiciam que as dívidas decorrem do endividamento dos veículos utilizados pelos polémicos produtos de retorno absoluto garantido.
Recorde-se que os instrumentos financeiros adquiridos por estes veículos, localizados em off-shores, eram financiados pelos montantes aplicados pelos clientes, mas também através de endividamento, “o que permitia a estas sociedades alavancar a sua actividade, com a consequente criação de responsabilidades sobre a certeira dos clientes”, detalhou já, no início de Junho, o Ministério das Finanças.
Ou seja, os clientes do retorno absoluto são detentores do património dessas sociedades veículo. Para Carlos Tavares, “esta é um dos pontos jurídicos mais complexos de todo o processo”. Mas do “ponto de vista moral”, o presidente da CMVM continua a afirmar que tudo terá que ser feito para garantir os direitos desses clientes. “Os clientes do BPP não quiseram correr riscos”, frisou, fazendo referência à forma como os produtos de retorno garantido eram apresentados aos clientes do banco.
Até ao momento, os dados da CMVM apontam para a existência de 1700 a 1800 contas de clientes associadas a estes produtos. Em media, cada conta tem 2,2 pessoas como titulares.
“Os extractos mostram que os clientes se tornaram devedores do banco e isso tem que ser muito bem averiguado”, revelou esta manhã Carlos Tavares, presidente da CMVM, num encontro como jornalistas.
Recorde-se que os instrumentos financeiros adquiridos por estes veículos, localizados em off-shores, eram financiados pelos montantes aplicados pelos clientes, mas também através de endividamento, “o que permitia a estas sociedades alavancar a sua actividade, com a consequente criação de responsabilidades sobre a certeira dos clientes”, detalhou já, no início de Junho, o Ministério das Finanças.
Ou seja, os clientes do retorno absoluto são detentores do património dessas sociedades veículo. Para Carlos Tavares, “esta é um dos pontos jurídicos mais complexos de todo o processo”. Mas do “ponto de vista moral”, o presidente da CMVM continua a afirmar que tudo terá que ser feito para garantir os direitos desses clientes. “Os clientes do BPP não quiseram correr riscos”, frisou, fazendo referência à forma como os produtos de retorno garantido eram apresentados aos clientes do banco.
Até ao momento, os dados da CMVM apontam para a existência de 1700 a 1800 contas de clientes associadas a estes produtos. Em media, cada conta tem 2,2 pessoas como titulares.