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Bial pretende duplicar área de I&D para 200 cientistas

A maior farmacêutica portuguesa, que investiu cinco milhões de euros na ampliação do seu centro de I&D, vai recrutar duas dúzias de investigadores até ao final de 2019, prevendo duplicar para 200 cientistas nos anos seguintes.

Bial regista ensaio mortal em França: A reputação da Bial sofreu este ano um forte abalo, após o internamento, em Janeiro, de seis pessoas que participavam, em França, num ensaio clínico de uma molécula do laboratório português. Um dos voluntários acabou por morrer e quatro sofreram lesões cerebrais. O grupo liderado por António Portela abandonou essa investigação, perdendo pelo caminho 'dezenas de milhões de euros'.
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17 de Abril de 2018 às 15:29
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O primeiro-ministro, António Costa, inaugura na tarde desta terça-feira, 17 de Abril, a ampliação do Centro de Investigação & Desenvolvimento (I&D) do grupo Bial, que representou um investimento de cinco milhões de euros.

 

"Este investimento, que mais que duplica a área dedicada a I&D, que passa de 1.490 para 3.720 metros quadrados, onde trabalham actualmente 104 investigadores de oito nacionalidades, vai assim mais que duplicar a nossa capacidade de desenvolver novos projectos em simultâneo", enfatizou António Portela (na foto), CEO da Bial, num encontro com jornalistas.

 

Uma duplicação de espaço que deverá permitir, a prazo, duplicar também o número de recursos humanos dedicados à área de I&D da Bial. "Para já, vamos contratar mais 25 investigadores este ano e no próximo", revelou António Portela, admitido a "intenção" do grupo de "duplicar a equipa de cientistas" nos anos seguintes.

 

O investimento na ampliação do centro de investigação da Bial acresce aos 50 milhões de euros alocados anualmente em média à área de I&D, o que faz de BIAL, segundo dados da Direcção Geral de Estatísticas da Educação e Ciência e da Comissão Europeia, a empresa industrial que mais investe em I&D em Portugal.

 

O centro de I&D BIAL lançou os primeiros dois medicamentos de patente portuguesa, o Zebinix para a epilepsia e o Ongentys para a doença de Parkinson, que valeram 100 dos 270 milhões de euros de facturação que a empresa registou no ano passado, o que representou um crescimento de 17% em relação ao ano anterior.

 

As exportações geraram mais de dois terços das vendas do grupo em 2017.

 

"Em 2010, 30% da facturação da Bial era proveniente de mercados internacionais, no ano passado os mercados internacionais já valeram 70% do volume de negócios do grupo", realçou António Portela.

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