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BCP terá perdoado dívida de 15 milhões a filho de Jardim Gonçalves

O Banco Comercial Português (BCP) terá perdoado, em 2004, uma dívida de 15 milhões de euros a um grupo de empresas que tinha como sócio Filipe Vasconcelos, filho do então presidente-executivo do banco, Jorge Jardim Gonçalves.

12 de Outubro de 2007 às 22:02
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O Banco Comercial Português (BCP) terá perdoado, em 2004, uma dívida de 15 milhões de euros a um grupo de empresas que tinha como sócio Filipe Vasconcelos, filho do então presidente-executivo do banco, Jorge Jardim Gonçalves.

O jornal Sol noticiou ao final da tarde, na sua edição on-line, que o Grupo V entrou em dificuldades depois de "dez anos de actividade e relação comercial com o banco" e "não teve capacidade para pagar as dívidas".

Também na sua edição on-line, o semanário Expresso notícia o perdão de dívidas às empresas dirigidas pelo filho do fundador do BCP, acrescentando que "Filipe Jardim Gonçalves disse ao Expresso que não houve qualquer situação de compadrio pelo facto de ser filho de Jardim Gonçalves".

Fonte da administração do banco, contactada pela agência Lusa, afirmou que este caso "foi tratado rigorosamente nos mesmos moldes que qualquer outro cliente".

"Foi um processo normal, tratado pelo advogado, e foi recuperado o que foi possível recuperar", acrescentou.

O Sol publica no seu site um fac-símile de uma "proposta de resolução do diferendo entre o BCP e o Grupo V, assinada por Carlos Picoito, da direcção de assessoria financeira - e posteriormente aprovado pelos administradores Alípio Dias e Filipe Pinhal, hoje presidente executivo - o banco considerou que "cedo se verificou que em vista dessa completa ausência de património, qualquer procedimento judicial que se intentasse se apresentava destinado a insucesso certo e seguro"".

Neste quadro, o banco decidiu que, primeiro, fosse encerrada e dada como liquidada uma conta corrente caucionada contra o pagamento de cerca de 900 mil euros e fosse considerado incobrável o crédito restante, no valor de 2,1 milhões de euros.

Depois, o BCP declarou incobráveis cerca de 12,7 milhões de euros de créditos concedidos a uma série de empresas do Grupo V, acrescenta o Sol.

O Expresso adianta que o processo se desenvolveu entre 2001 e 2004.

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