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Alverca e Montijo levantam sérios problemas como solução complementar à Portela

O recurso provisório às bases de Alverca ou do Montijo para fazer face ao possível esgotamento do aeroporto da Portela, antes que a Ota comece a funcionar, levanta grandes reticências dentro do sector, noticia o "Público".

20 de Abril de 2007 às 07:57
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O recurso provisório às bases de Alverca ou do Montijo para fazer face ao possível esgotamento do aeroporto da Portela, antes que a Ota comece a funcionar, levanta grandes reticências dentro do sector, noticia o "Público".

O actual aeroporto de Lisboa tem estado a registar um crescimento de passageiros acima das expectivas iniciais - no primeiro trimestre, o número de passageiros aumentou dez por cento, em termos homólogos.

A necessidade de estudar soluções provisórias complementares à Portela foi salientada na semana passada pelo ministro das Obras Públicas, Mário Lino, durante uma audição na Assembleia da República.

Ontem, citado pelo Diário Económico, o governante reafirmou a intenção de recorrer a uma alternativa durante um ou dois anos, caso a Portela ultrapasse o limite máximo de 17 milhões de passageiros por ano antes de 2017. Ao ritmo actual, isso pode acontecer dentro de cinco a oito anos, entre 2012 e 2015.

Alverca e Montijo são duas das principais soluções em cima da mesa, sendo aliás apontadas, pelos opositores da Ota, como alternativas credíveis à necessidade de construir uma nova infra-estrutura de raiz. Ainda ontem, o presidente da Câmara de Lisboa, Carmona Rodrigues, apoiou publicamente o recurso à base do Montijo, em conjunto com a Portela.

No entanto, como recorda o director do gabinete de estudos técnicos da Associação Portuguesa de Pilotos de Linha Aérea e comandante da TAP, João Moutinho, as rotas de aproximação final ao Montijo "são cruzadas" com as de Lisboa. Resultado? Conflitos de utilização das duas infra-estruturas e limitações à operação na Portela, quando o objectivo é "não restringir" o crescimento do tráfego aéreo na capital.

A reorientação das pistas é uma das sugestões, que afasta, mas só seria possível "arrasando a vila do Samouco", disse segundo o "Público".

Também Alverca provoca problemas de capacidade, mas, ao contrário do Montijo, "podem-se conceber circuitos de aproximação e saída que permitam aterrar e descolar ao mesmo tempo" que Lisboa. A capacidade da Portela desceria para 40 movimentos por hora, em vez de 42, mas "sete ou oito movimentos [por hora] em Alverca não seriam problema", considerou Moutinho.


Para o presidente do Sindicato dos Controladores de Tráfego Aéreo, Carlos Reis, Alverca e Montijo "terão sérios constrangimentos, por serem demasiado próximos".

Alverca já hoje provoca "problemas à operação na Portela" quando é utilizada e foi afastada pelo Governo numa possível solução "Portela + 1". Quanto ao Montijo, acha difícil prever a possibilidade de utilização e frisa que desconhece estudos sobre o assunto.

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