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Alemanha tenta acalmar parceiros europeus quanto à venda da Opel

O governo alemão vai consultar o Reino Unido, a Espanha, a Bélgica e a Polónia no processo de aquisição da Opel. Em causa, está o número de postos de trabalho que poderão ser eliminados nesses países.

07 de Outubro de 2009 às 10:56
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O governo de Angela Merkel está a ser pressionado para abrir o jogo quanto ao negócio alinhavado com a canadiana Magna International para a compra da Opel, empresa do universo General Motors. A proposta de aquisição está a ser analisada pela PricewaterhouseCoopers e o negócio – que poderá envolver a compra de 55% da fabricante automóvel – deverá ficar concluído nas próximas semanas.

O problema, criticam os parceiros europeus, é que os contornos não são conhecidos – e o pouco que se conhece suscita preocupação. Os países onde a Opel tem fábricas temem que o acordo entre o governo de Merkel e a Magna International estipule que a produção não seja afectada nas fábricas alemãs, o que poderá implicar despedimentos noutros países, de forma a tornar a empresa viável.

Para já, apenas se sabe que a Alemanha se prepara para disponibilizar uma ajuda pública de 1,5 mil milhões de euros à Opel, podendo avançar com mais quatro mil milhões de euros caso o negócio se concretize.

A Comissão Europeia proíbe, à partida, este tipo de apoio estatal e está a analisar o caso à luz das regras da concorrência. Bruxelas quer que a Alemanha clarifique o apoio que tenciona dar, bem como as eventuais contrapartidas envolvidas, em especial quanto à manutenção ou corte de postos de trabalho. Este último ponto, garante um responsável alemão à Bloomberg, estará na agenda das reuniões que serão marcadas com os parceiros europeus.


O governo alemão reitera que não precisa que a Comissão Europeia lhe dê luz verde, uma vez que esta é uma medida de excepção enquadrada nas regras de salvamento de empresas ameaçadas pela crise económica.

O processo de viabilização da Opel envolve a eliminação de cerca de 11 mil postos de trabalho na Europa, de acordo com informações noticiadas na semana passada pelo jornal “Frankfurter Allgemeine Zeitung”. Na Alemanha, onde a General Motors tem quatro fábricas, esta redução poderia afectar 4.500 pessoas.

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