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Real Madrid e FIFA querem novas competições financiadas por fundo CVC
Para além da intenção já anunciada da FIFA de alargar o número de equipas participantes no Mundial de Clubes, o Real Madrid está a considerar lançar uma competição do mesmo género em paralelo. O fundo CVC está no centro das negociações.
O clube de futebol Real Madrid e a federação responsável pelo desporto-rei a nível internacional, a FIFA, estão em conversações com o fundo CVC para avaliarem a hipótese de lançarem novas competições, avança o Financial Times.
A FIFA quer reformular o conceito de Mundial de Clubes e o CVC está a discutir possíveis direitos comerciais sobre a competição. A federação já havia anunciado que planeava substituir a atual competição entre os melhores do mundo, onde oito equipas se defrontam, por uma versão mais extensa, com espaço para 24 equipas, que deveria incluir pelo menos oito representantes do futebol europeu. A estreia desta nova versão está marcada para meados de 2021, e decorrerá na China.
Paralelamente, o clube mais rico do mundo da ótica das receitas, o Real Madrid, contactou o mesmo fundo com o desejo de criar uma competição rival que junte os melhores clubes do mundo, revelam fontes próximas das discussões.
Uma das opções em consideração é a criação de duas ligas de 20 equipas cada, oito das quais podem incluir os clubes fundadores da recentemente criada World Football Club Association, presidida pelo líder do Real Madrid, Florentino Pérez.
Entre esses clubes estão o Real Madrid, AC Milan, Auckland City, Boca Juniors, River Plate, Club America, Guangzhou Evergrande e Mazembe.
Até ao momento, as negociações com a FIFA têm avançado com mais detalhe. As mesmas fontes afirmam que a FIFA poderá lançar ainda esta semana o concurso para os direitos comerciais do renovado campeonato, aberto a grupos empresariais.
O CVC é um dos maiores fundos de investimento do mundo, com 82,5 mil milhões de dólares sob gestão e já tem algum historial de negócios no mundo do desporto. Investiu recentemente na liga de rugby inglesa, entregando 227 milhões de libras para colher uma participação de 27%.
O desporto-rei capta, desta forma, cada vez mais atenção junto dos investidores e torna-se um mercado quente para o investimento. Na semana passada, o americano Silver Lake comprou 10% do City Football Group, dono do Manchester City, por 500 milhões de dólares.