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Superliga Europeia avança sem clubes portugueses

Onze clubes da Europa, entre os quais o Real Madrid, o Manchester United e a Juventus, preparam-se para assinar, ainda este mês, um acordo com o objectivo de criar uma Superliga Europeia em 2021, com 16 equipas e sem portuguesas.

EPA
03 de Novembro de 2018 às 09:48
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Foi há dois anos que surgiu a ideia de criar uma Superliga Europeia de futebol, mas a ideia foi dada como morta pela imprensa internacional. Mas eis que, afinal, o projecto, mantido em segredo até agora, deverá ser publicamente apresentado ainda este mês.

 

Uma espécie de consórcio montado por 11 gigantes do futebol da Europa está a preparar a assinatura de um acordo, prevista ainda para Novembro, visando a criação de uma Superliga Europeia em 2021, de acordo com um documento obtido pela revista alemã "Der Spiegel", no âmbito do "Football Leaks" e que é revelado pelo "Expresso" na sua edição deste sábado, 3 de Novembro.

 

Conta o semanário que, há duas semanas, um e-mail enviado para o presidente do Real Madrid, Florentino Pérez, por uma empresa de consultoria, a Key Capital Partners, tinha como anexo um documento de 13 páginas que corporizava o acordo vinculativo para ser assinado pelos patrões dos 11 clubes.

 

Um acordo onde se estabelece a criação de uma organização multinacional, com poderes administrativos, financeiros e disciplinares, formando uma estrutura muito semelhante, ainda que numa escala mais pequena, à que tem actualmente a UEFA.

 

Caso a Superliga Europeia avance, a actual Liga dos Campeões ficará esvaziada dos seus activos mais importantes.

 

De acordo com o plano, a ser concretizado, os 11 clubes fundadores terão a garantia que vão poder permanecer como participantes da Superliga Europeia nos primeiros 20 anos, sem poderem ser despromovidos em função dos resultados desportivos, a que deverão juntar-se mais cinco clubes, "como convidados iniciais", totalizando assim 16 equipas.

 

Os onze clubes fundadores são o Real Madrid, o Barcelona, o Manchester United, o Manchester City, o Chelsea, o Arsenal, o Liverpool, o Paris Saint-Germain, a Juventus, o AC Milan e o Bayern de Munique. Depois, como convidados, serão incluídos o Atlético de Madrid, o Olympique de Marselha, o Inter de Milão e o Borussia de Dortmund.

 

Contas feitas, com os clubes portugueses a não serem tidos nem achados neste acordo, na Superliga Europeia apenas cabem equipas de apenas cinco países - Inglaterra, Espanha, Itália, França e Alemanha.

Em Março do ano passado, marcando presença em Portugal, o presidente da UEFA, Aleksander Ceferin, rejeitou a ideia da criação de uma Superliga Europeia, indicando que "isso significaria uma guerra" com esta instituição.

 

Também nesse mês, a Associação Europeia de Clubes tinha anunciado, em Atenas, ter chegado a acordo com a UEFA para a reforma das competições europeias de clubes, colocando termo ao projecto de criação de uma Superliga. Mas esta, afinal, move-se.

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