Fechada esta terça-feira, 1 de Setembro, a janela de transferências às 18h00, em Londres, confirma-se que a Premier League (principal liga de futebol inglesa) estabeleceu um novo recorde no que diz respeito ao volume total de investimentos feitos pelos clubes britânicos em aquisições de futebolistas durante o período do Verão.
 

Segundo a Deloitte, até ao final da última segunda-feira, os clubes da Premier League já tinham investido 790 milhões de libras (um pouco mais de mil milhões de euros) em contratações durante o actual defeso, menos 45 milhões de libras (61,8 milhões de euros) do que os 835 milhões de libras (cerca de 1,15 mil milhões de euros) investidas ao longo do Verão do ano passado.

 

Num comunicado enviado por email e citado pela agência Bloomberg, Alex Thorpe, gestor de topo da Deloitte, notava que "no ano passado registou-se um investimento de 85 milhões de libras durante o dia de encerramento do mercado [de transferências] e tendo em conta a expectativa de negócios [ao longo desta terça-feira], parece que será batido outro recorde de gastos de Verão".

Isso mesmo acabou por se confirmar findas as últimas horas em que os 20 clubes da Premier League podiam ainda inscrever futebolistas. Contabilizando apenas os principais negócios hoje concretizados, verifica-se que o montante total investido este Verão ascende a perto de 863 milhões de libras (quase de 1,19 mil milhões de euros). O grande destaque vai para a aquisição do ex-Mónaco, Anthony Martial, pelo Manchester United, por uma verba (ainda não oficial) em torno dos 36 milhões de libras (49,4 milhões de euros).

Martial passou a ser o futebolista adolescente mais caro de sempre, superando a contratação do brasileiro Lucas Moura pelo Paris Saint-Germain por cerca de 44 milhões de euros. Esta aquisição passa assim a figurar como a quarta maior transferência deste Verão, logo atrás de Sterling que custou ao Manchester City 60,5 milhões de euros. 

Nota ainda para outras contratações de última hora: Virgil van Dijk transferiu-se do Celtic de Glasgow para o Southampton por 11,5 milhões de libras (15,8 milhões de euros); Funes Mori saiu do River Plate para o Everton por 9,5 milhões de libras (cerca de 13 milhões de euros); Michail Antonio deixou o Nottingham Forest para ingressar no West Ham em troca de 7 milhões de libras (9,6 milhões de euros); Papy Djilobodji trocou o Nantes pelo Chelsea numa transferência avaliada em 4 milhões de libras (5,5 milhões de euros).

Para Alex Thorpe, este elevado volume de gastos "continua a ser impulsionado pelo aumento das receitas televisivas, quer ao nível doméstico, quer internacional, nos anos mais recentes". Em Fevereiro deste ano, a Sky e a BT Group acordaram pagar uma cifra recorde de 5,14 mil milhões de libras (cerca de 7,1 mil milhões de euros) pelos direitos de transmissão em directo da "Premier League", valor que representou um aumento de 70% face ao acordo a três anos anteriormente em vigor.

 

Até ao momento, encerradas que estão as janelas de transferências nos principais mercados europeus, a aquisição do belga Kevin de Bruyne pelo Manchester City aos alemães do Wolfsburgo, por uma verba de 75,6 milhões de euros, foi mesmo a mais cara de um defeso que voltou a ser dominado pelo poderio financeiro dos principais clubes britânicos. Designadamente por parte dos dois clubes de Manchester, City e United. Os "citizens", que têm três das 10 maiores aquisições do Verão, investiram um total de 136,9 milhões de libras (quase 188 milhões de euros). Depois de confirmada a compra do passe de Martial, os "red devils" passam a deter duas das 10 aquisições mais caras do defeso.