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Chuva de demissões no Sporting para forçar saída de Bruno de Carvalho

A Mesa da assembleia-geral do Sporting demitiu-se em bloco, a que se junta a demissão de um dos vice de Bruno de Carvalho. Chuva de demissões tenta forçar afastamento do presidente leonino.

Mário Cruz/Lusa
Negócios com Lusa 17 de Maio de 2018 às 13:26
Demissão atrás de demissão. O presidente da Mesa da assembleia-geral do Sporting, Jaime Marta Soares, já confirmou à Lusa a demissão em bloco de todos os elementos deste órgão leonino. Junta-se também o vice-presidente do clube, António Rebelo, que segundo adianta o Record, vai pedir demissão, devendo ser acompanhado por outros membros do conselho directivo do clube verde e branco, e muitos dos elementos do conselho fiscal, entre os quais o presidente. 

A Lusa escreve que o presidente do conselho fiscal e disciplinar leonino, Nuno Silvério Marques, o vice-presidente, Vicente Caldeira Pires, e ainda Vítor Bizarro do Vale, Miguel Almeida Fernandes e Nuno Miguel Santos, membros deste órgão, apresentaram as respectivas demissões a Marta Soares.

Objectivo? Demarcarem-se da actuação do presidente do Sporting e assim forçar a demissão de Bruno de Carvalho, que continua a rejeitar demitir-se apesar do momento delicado que a instituição atravessa. 

"Apelo à direcção, ao senhor presidente Bruno de Carvalho, que siga este nosso exemplo, que apresente a sua demissão e do conselho directivo", disse Marta Soares à Lusa.

Nos pedidos de demissão dos cinco elementos do conselho fiscal, estes sustentam que não pretendem "contribuir para o problema" que afecta o Sporting e argumentam terem chegado à conclusão de que "não tem competências estatutárias" para retirar o clube da "situação insustentável em que o mesmo se encontra".

Existem três caminhos que podem levar à demissão de Bruno de Carvalho. O primeiro passa por um pedido de demissão do próprio, o segundo se a maioria dos membros do conselho directivo se demitirem, e o terceiro se for convocada uma assembleia-geral destinada à revogação do mandato da direcção.

Depois da crise entre Bruno de Carvalho e a equipa leonina registada após a derrota do Sporting contra o Atlético de Madrid, tudo se deteriorou depois de, no domingo, os "leões" terem perdido contra o Marítimo, sendo relegados para a terceira posição da Liga e ficando afastados da próxima edição da Liga dos Campeões. 

Já na terça-feira, várias dezenas de adeptos encapuçados, aparentemente do Sporting, invadiram a Academia de Alcochete e agrediram vários jogadores, entre os quais Bas Dost, Acuña, Rui Patrício, William Carvalho, Battaglia e Misic, o treinador Jorge Jesus, além de outros membros da equipa técnica.

Na sequência da invasão à Academia, a GNR deteve 23 suspeitos, apreendeu cinco viaturas ligeiras, vários artigos relacionados com os crimes e recolheu depoimentos de 36 pessoas, entre jogadores, equipa técnica, funcionários e vigilantes ao serviço do clube.

O Ministério Público disse na quarta-feira que os detidos pelas agressões a futebolistas do Sporting são suspeitos de práticas que podem configurar crimes de sequestro, ameaça agravada, ofensa à integridade física qualificada e terrorismo, entre outros.

Mais três membros do conselho directivo querem demitir-se

A TVI 24 noticia que o vogal da direcção leonina Luís Loureiro e os suplentes Rita Matos e Jorge Sanches já manifestaram vontade de se demitir dos respectivos cargos. Estas demissões juntam-se à do vice-presidente António Rebelo que também demonstrou a intenção de se afastar. 


(Notícia actualizada às 15:15 com demissão de mais três elementos da direcção)
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