Notícia
Mota-Engil não renova contrato de 260 milhões de dólares no Zimbabué
A adjudicação do contrato tinha sido feita em 2014 e agora ambas as partes decidiram não prolongar o vínculo. A Hwange Colliery, empresa estatal do Zimbabué com quem a Mota-Engil tinha acordo, tem dívidas superiores a 150 milhões de dólares.
"A Mota-Engil confirma que concluiu o contrato de exploração da Mina Hwange Colliery de acordo com o há muito estabelecido, tendo concretizado na sua plenitude as metas definidas de produção numa infraestrutura de grande relevância para a produção energética do Zimbabué, facto que nos orgulhamos de, uma vez mais, ter cumprido integralmente com o nosso cliente", disse a empresa portuguesa ao Negócios.
O vínculo tinha a duração de cinco anos e incluía trabalhos de perfuração, detonação, carga e transporte de minério na sua mina de carvão no Zimbabué, segundo tinha anunciado a empresa portuguesa, na altura da adjudicação.
Segundo o jornal local, o Governo do Zimbabué, que controla 52% da empresa de exploração de minério, tem feito uma reestruturação na empresa, que está a ser pressionada para maximizar as operações e para pagar aos trabalhadores, uma vez que acumulou dívidas a rondar os 150 milhões de dólares.
O presidente da Hwange Colliery, Bekithemba Moyo, confirmou a não renovação do acordo ao jornal local e disse que "o contrato terminou e ambas as partes concordaram em não renová-lo".
Para além do Zimbabué, a Mota-Engil tem uma carteira de projetos em outros países africanos como Angola, Malawi, África do Sul, Uganda, Moçambique, Costa do Marfim, Guiné-Conacri e Camarões. Para além de África, a construtora portuguesa tem também negócios na Europa e na América Latina.
Recentemente, a portuguesa Mota-Engil anunciou que assinou um contrato para um investimento de 270 milhões num projeto hidroelétrico na Colômbia, feito através da subsidiária local.