A Jerónimo Martins SGPS consolidou no primeiro trimestre do ano um resultado líquido, após interesses minoritários, de 64,8 milhões de euros, mais 3,9% do que em igual período do ano passado, anunciou o grupo esta quarta-feira, 29 de Abril, em comunicado ao mercado.  

O EBITDA (ou resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) foi de 165,7 milhões de euros, mais 4,7% do que o realizado entre Janeiro e Março de 2014.

As vendas consolidadas melhoraram 9,4% na mesma comparação homóloga, para 3,18 mil milhões de euros, no final de Março passado.

As expectativas dos analistas consultados pela Reuters apontavam para uma descida dos lucros da Jerónimo Martins para 58 milhões de euros, menos 6,5% face aos 62 milhões de euros registados no primeiro trimestre do ano passado.

As previsões dos mesmos analistas apontavam para um aumento nas vendas, em 7,5% para 3.131 milhões de euros.

A margem EBITDA que tinha uma estimativa de queda de três décimas, para 5,1%, pelos analistas, ficou um pouco acima, nos 5,2%. No mesmo trimestre de 2014 foi de 5,4%.

No trimestre em análise, a dívida líquida foi reduzida em 139,5 milhões de euros face ao primeiro trimestre de 2014, para 331,8 milhões de euros. O "gearing" sofreu uma queda de quase 10 pontos percentuais, de 29,4% para 19,1%.

Biedronka suporta 68% das vendas trimestrais

No primeiro trimestre de 2015, a Jerónimo Martins realizou vendas de 2,17 mil milhões de euros através da rede de supermercados polaca Biedronka, uma progressão de 11,2% (11,4% em zloty) face a igual período do ano passado.

Com 2.639 lojas, a Biedronka foi assim responsável por 68,1% das vendas consolidadas da JM, com uma margem EBITDA de 6,3%.

Em Portugal, no retalho, as 382 unidades da rede de supermercados Pingo Doce venderam 722 milhões de euros, valendo em Março 24,2% do consolidado pela Jerónimo Martins no trimestre. Cresceu 3,9% face ao primeiro trimestre de 2014.

No comércio grossista no mercado nacional, através da Recheio, o grupo liderado por Pedro Soares dos Santos vendeu 180 milhões de euros, mais 5,7% do que um ano antes. Tem 41 lojas em Portugal.

Finalmente, na Colômbia, via Ara, e na área não alimentar na Polónia, com a Hebe, o grupo JM  registou vendas de 49 milhões de euros, um aumento de 68% face aos 29 milhões de euros obtido um ano antes.

(Notícia actualizado às 17h50, com informação financeira adicional)