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Jerónimo Martins dispara para máximos depois de apresentar lucros

As acções da Jerónimo Martins estão a registar uma subida expressiva esta quinta-feira. A retalhista liderada por Pedro Soares dos Santos teve lucros de 64,8 milhões de euros, mais 3,9% do que em igual período de 2014.

Miguel Baltazar/Negócios
30 de Abril de 2015 às 09:55
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As acções da Jerónimo Martins estão a disparar esta quinta-feira, 30 de Abril, tendo já superado a fasquia dos 13 euros. Por esta altura, os títulos da retalhista valorizam 6,82% para 13,00 euros tendo já crescido 8,30% para 13,18 euros durante esta sessão, o que representa o valor mais elevado desde Abril de 2014. 

 

Já trocaram de mãos mais de 1,6 milhões acções, um número que está em linha com a média diária dos últimos seis meses. A retalhista liderada por Pedro Soares dos Santos (na foto ao centro) tem uma capitalização bolsista de 8.180 milhões de euros.

 

Esta evolução da dona dos supermercados Pingo Doce tem lugar menos de 24 horas depois de ter apresentado os seus resultados trimestrais. Esta quarta-feira, 29 de Abril, após o fecho do mercado, a Jerónimo Martins revelou que no primeiro trimestre obteve lucros de 64,8 milhões de euros, mais 3,9% que em igual período do ano passado. Este valor superou as estimativas dos analistas consultados pela Reuters, que antecipavam lucros de 58 milhões de euros.

 

O EBITDA (ou resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) da retalhista foi de 165,7 milhões de euros no primeiro trimestre, mais 4,7% do que o realizado entre Janeiro e Março de 2014. As vendas consolidadas melhoraram 9,4% na mesma comparação homóloga, para 3,18 mil milhões de euros, no final de Março passado.

 

Os analistas consultados pela agência Reuters apontavam para um aumento nas vendas, em 7,5% para 3.131 milhões de euros. A margem EBITDA que tinha uma estimativa de queda de três décimas, para 5,1%, pelos analistas, ficou um pouco acima, nos 5,2%. No mesmo trimestre de 2014 foi de 5,4%.

 

O CaixaBI, numa nota de análise aos resultados que o Negócios teve acesso, destaca o desempenho "muito positivo e acima do esperado ao nível da evolução de vendas Like-for-Like [uma comparação tendo por base o mesmo número de lojas em 2014 e em 2015, não contando com aberturas nem encerramentos de espaços comerciais neste período] em todas as linhas de negócio da empresa". Os analistas deste banco de investimento defende que os resultados da retalhista devem ter "uma leitura globalmente positiva".

 

"De facto, os dados apresentados pela empresa ficaram acima das nossas estimativas e do consenso ao nível da margem EBITDA, sobretudo devido à recuperação homóloga de rentabilidade na Biedronka quando comparada com a descida de 100 pts apresentada no quarto trimestre de 2014. Adicionalmente, também ao nível da evolução de vendas Like-for-Like os números foram positivos, suportados pelo efeito calendário da Páscoa e pelos resultados da implementação do programa de crescimento de vendas na Polónia.", acrescenta a nota.

 

A unidade de investimento da Caixa Geral de Depósitos mantém a recomendação de "neutral"  e o preço-alvo em 12,50 euros.

 

Os analistas da unidade de investimento do BPI, numa nota de análise desta quarta-feira 29 de Abril a que o Negócios teve acesso, sustentam que as vendas "estão a evoluir bem" como era esperado no que diz respeito ao mercado polaco. "Ainda assim, o foco da empresa nos custos foi uma surpresa positiva após uma evolução da margem melhor que o esperado no primeiro trimestre. O facto de a empresa enfrentar um [cenário] de base comparável mais fácil no segundo semestre deve levar a uma reclassificação e a uma queda da margem mais baixa do que o esperado", assinalam os analistas deste banco de investimento.

 

A unidade de investimento do BPI mantém o preço-alvo da retalhista nos 12,60 euros e a recomendação de "neutral" é também mantida.

 

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.

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