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Barclays sobe preço-alvo da Jerónimo Martins para 10 euros
O Barclays subiu o preço-alvo da Jerónimo Martins para 10 euros, o que face à cotação actual confere à retalhista um potencial de desvalorização de 23%. O banco manteve contudo a recomendação de “neutral”.
Para a unidade de investimento do Barclays, os resultados da Jerónimo Martins no primeiro trimestre não foram uma surpresa. A Jerónimo Martins SGPS consolidou no primeiro trimestre do ano um resultado líquido, após interesses minoritários, de 64,8 milhões de euros, mais 3,9% do que em igual período do ano passado, anunciou o grupo esta quarta-feira, 29 de Abril, em comunicado ao mercado.
O EBITDA (ou resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) foi de 165,7 milhões de euros, mais 4,7% do que o realizado entre Janeiro e Março de 2014. As vendas consolidadas melhoraram 9,4% na mesma comparação homóloga, para 3,18 mil milhões de euros, no final de Março passado.
"Como esperávamos, a Jerónimo Martins apresentou um desempenho encorajador na Polónia no primeiro trimestre com uma aceleração do crescimento das vendas like-for-like [uma comparação tendo por base o mesmo número de lojas em 2014 e em 2015, não contando com aberturas nem encerramentos de espaços comerciais neste período] e apenas um declínio limitado na margem de EBITDA", revela uma nota de análise do Barclays, a que o Negócios teve acesso.
Os analistas consideram que a estratégia de dar prioridade ao desenvolvimento das receitas esteja a "produzir alguns frutos, duvidamos que isto vá permitir ao grupo retomar às suas taxas de crescimento históricas" ao nível dos lucros por acção. "A expansão na Polónia vai inevitavelmente abrandar devido aos receios [relacionados] com capacidade e o compromisso do grupo para com o desempenho das receitas, o que também deverá manter as margens sobre pressão". E as perdas na Colômbia devem "manter-se elevadas durantes os próximos anos", defende o banco britânico.
Por isso, o Barclays defende que "30% do prémio no qual a acção está a negociar face ao sector" nos múltiplos actuais "parece excessivo". Ainda assim, esta instituição decidiu subir em 5% o preço-alvo da Jerónimo Martins, para 10 euros. O que, tendo em conta os 12,99 euros a que negoceia actualmente, representa um potencial de desvalorização de 23%.
Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.