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Lucros da Jerónimo Martins sobem para 78 milhões até Março

A Jerónimo Martins fechou o primeiro trimestre com lucros de 78 milhões de euros, um ligeiro aumento face ao período homólogo e em linha com as estimativas dos analistas. As vendas cresceram 9% para 3,6 mil milhões de euros.

Miguel Baltazar/Negócios
20 de Abril de 2017 às 17:32
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O grupo Jerónimo Martins registou um ligeiro aumento de 0,4% nos lucros consolidados do primeiro trimestre deste ano para 78 milhões de euros, um valor que está em linha com as estimativas dos analistas.

A performance do grupo foi suportada pelo "bom desempenho" da Biedronka, Pingo Doce e Recheio, negócios que compensaram o aumento das perdas geradas pela Ara e Hebe. A insígnia do grupo na Colômbia e o negócio de parafarmácias e drogarias polaca geraram perdas de 23 milhões de euros ao nível do EBITDA, com a Ara a representar 83% do total", detalha a empresa no comunicado emitido à CMVM.

O grupo sublinha ainda que excluindo o impacto da Moterroio, subsidiária que vendeu no ano passado por 310 milhões de euros, os resultados cresceram 4,6%.

Já o EBITDA consolidado do grupo foi de 192 milhões de euros, um crescimento de 4,6% face aos três primeiros meses de 2016.

De Janeiro a Março o grupo investiu 101 milhões de euros, metade na operação da Polónia.

As vendas consolidadas do grupo liderado por Pedro Soares dos Santos alcançaram 3,6 mil milhões de euros no período em análise, um valor que traduz uma subida de 9%.

Ao nível do LFL (like-for-like, ou seja, vendas nas lojas que operaram sob as mesmas condições nos dois períodos), o crescimento situou-se em 5,8%, "com o desempenho de vendas da Biedronka e do Recheio a compensar largamente o impacto negativo do ano bissexto em 2016 e da ausência de Páscoa no primeiro trimestre de 2017", sublinha a empresa.

Biedronka continua a liderar vendas

A insígnia do grupo para o mercado polaco, a Biedronka, continua aumentar o seu peso no total de vendas da Jerónimo Martins.

No primeiro trimestre as vendas atingiram 2,56 mil milhões de euros, mais 10,8% face ao mesmo período do ano passado, com o LFL a cifrar-se em 8,4%.

O crescimento da operação na Polónia deve-se ao "ambiente de consumo" ter-se mantido "favorável", "beneficiando dos subsídios que começou a ser atribuído às famílias a partir de Abril de 2016 e do aumento do salário mínimo em Janeiro de 2017", detalha a empresa.

Além disso, o grupo também alargou a sua presença neste mercado no primeiro trimestre com a abertura de 11 lojas, contando até ao final de Março com um total de 2.729.

Já a cadeia Pingo Doce registou um aumento de 0,8% das vendas para 823 milhões, com o LFL (excluindo combustível) a cair 1,4%," impactado pelo efeito negativo de calendário, detalha a empresa".

No negócio grossista, onde lidera o mercado português com a rede Recheio, a Jerónimo Martins beneficiou "da actividade turística favorável que se vive no país e atingiu um forte aumento das vendas LFL de 5,2%, que impulsionou as vendas totais no primeiro trimestre de 2017 para 201 milhões de euros, mais 7,2% do que no mesmo trimestre do ano anterior".

O Pingo Doce e o recheio geraram um EBITDA de 51 milhões de euros, um aumento de 11,1%, com a margem EBITDA a situar-se em 5%, em linha com o primeiro trimestre de 2016.

A JM continua a expandir a rede da Ara e da Hebe, os negócios mais recentes do grupo, tendo fechado o primeiro trimestre com 244 lojas na Colômbia, das quais 23 inauguradas no período em análise, e 159 lojas Hebe, mais 24 face ao ano anterior.

No que toca às vendas, a Ara registou 87 milhões de euros até Março deste ano, mais 81,8% face ao ano anterior. Já a Hebe atingiu vendas de 36 milhões de euros, um aumento de 33,9%.

Estas duas insígnias representaram, contudo, perdas de 23 milhões de euros, com a Ara a representar 83% do total devido aos "maiores custos operacionais na Colômbia, na sequenciada decisão de reforçar as equipas numa altura em que a companhia se prepara para acelerar a expansão", sublinha a JM. Além disso, "a valorização do peso colombiano e do zloty contribuíram também para este aumento", acrescenta.

(Notícia actualizada às 18:20 com mais informação)

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