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Vítor Bento: "Nunca quis a indemnização, queria era liderar o banco"
O antigo presidente do BES revelou que pediu a um advogado para lhe preparar um contrato de gestão que lhe assegurasse condições de independência enquanto estivesse à frente do banco. O documento, que nunca chegou a ser aprovado, previa que Bento recebesse mais de dois milhões se saísse do BES antes do fim do mandato.
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"Quando fui convidado sabia que ia enfrentar a reestruturação do banco e que ia ficar em minoria no conselho de administração. Precisava de ter uma garantia para enfrentar o desafio que ia enfrentar. Pedi a um advogado que fizesse, como é normal, um contrato de gestão que salvaguardasse a minha independência", começou por explicar o economista.
"A forma de assegurar essa independência era uma cláusula de penalidade" que previa que Vítor Bento recebesse uma indemnização caso saísse mais cedo. "A história é sempre contada ao contrário: de que eu queria era uma indemnização. Mas eu não queria uma indemnização. Eu queria era liderar o banco e que aquilo nunca viesse a ser utilizado" garantiu o ex-líder do BES aos deputados.
De qualquer das maneiras, Bento adiantou que, como houve "uma entrada apressada", o "contrato nunca chegou a existir", tendo existido apenas um draft do contrato.
Não há contrato nenhum nem há garantia de que o draft pudesse vir a ser aprovado, explicou.