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Teixeira dos Santos: "Se alguém quer enganar o supervisor engana e esconde"

O antigo ministro das Finanças não acredita que houve mentira da parte do governo ou da supervisão relativamente às declarações que garantiram solidez do BES um mês antes da resolução.

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19 de Novembro de 2014 às 11:35
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O antigo ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, afirmou esta quarta-feira na comissão parlamentar de inquérito ao BES e ao GES que "se alguém quer enganar o supervisor engana e esconde".

 

"Não parto do princípio que os supervisionados são criminosos", frisou Teixeira dos Santos, que disse ainda acreditar que "a generalidade das instituições financeiras estão tão interessadas no bom funcionamento do mercado como o supervisor".

 

Sobre as declarações de responsáveis políticos e da supervisão que, um mês antes da resolução do banco, garantiam a sua solidez, o antigo ministro das Finanças considerou que "é uma responsabilidade do governo assegurar um quadro de confiança ".

 

Teixeira dos Santos disse que "sempre que se justifica que, havendo riscos para estabilidade do sistema e razões que possam por em causa confiança dos cidadãos no sistema financeiro, o responsável político também deve transmitir mensagens que contribuem para preservação e reforço da confiança. Obviamente com base na informação que lhe é dada por quem melhor conhece a informação, o supervisor".

 

"Não acredito que a este nível de responsabilidade, ao nível da supervisão e governativas, as pessoas se possam dar ao luxo de mentir", afirmou o ex-ministro do governo de José Sócrates.

 

Sobre a medida de resolução adoptada no início de Agosto, Teixeira dos Santos lembrou que no final de Julho foi necessária a aprovação de decretos-lei "de forma secreta e urgente", pelo governo, para se avançar com a medida de resolução no BES.

 

"O Banco de Portugal, para avançar com a solução, precisou do apoio do governo para criar o quadro jurídico necessário para fazer o que fez"' assim como "o Governo não podia legislar sem estar ao corrente do que se estava a fazer".

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