Peter Brito e Cunha contou, na comissão parlamentar de inquérito, que um dos fundos que esteve interessado na Tranquilidade saiu da corrida depois do investimento no Grupo Espírito Santo que abriu um buraco nas suas contas.

"Com a situação do BES, a Permira fez marcha atrás, enquanto a Apollo não fez", explicou aos deputados do inquérito parlamentar.

Segundo Brito e Cunha, o fundo britânico Permira "tinha oferecido um valor superior ao da Apollo": 20 milhões, segundo o próprio. O fundo americano pagou cerca de 50 milhões e comprometeu-se a injectar perto de 150 milhões na seguradora, de forma a compensar o financiamento naquele montante feito em sociedades suas accionistas, no GES.

A derrocada do BES também causou a perda de valor da seguradora, explicou Peter Brito e Cunha. Em Janeiro, a seguradora estava avaliada em 700 milhões de euros, tendo sido alienada num preço bastante abaixo. Um dos motivos, disse, foi a perda do banco parceiro, que representava 30% dos eu negócio.

Sobre a venda à Apollo, após a qual abandonou a seguradora, o ex-presidente afirmou esperar "que fique portuguesa", nomeadamente através da colocação de parte do seu capital em bolsa.