O Novo Banco vai ser sujeito a uma reestruturação nos próximos tempos. Apesar de Vítor Bento já ter declarado que a instituição vai proceder nos próximos tempos a um "redimensionamento", o Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas (SBSI) tem a esperança que os despedimentos não venham a ser muito elevados.

"A nossa expectativa é que o Novo Banco mantenha o maior número de postos de trabalho possível", disse Rui Riso esta quinta-feira, 14 de Agosto, após o encontro com Vítor Bento.

Mesmo antes do resgate, "já estava previsto algum redimensionamento" do banco, declarou. "Estava prevista uma redução de 400 ou 500 trabalhadores para este ano".

Questionado sobre qual a previsão em termos de despedimentos para o futuro, o sindicalista sublinhou que o Novo Banco não tem, neste momento a "capacidade de fazer previsão sobre o quadro de pessoal no futuro".

No Novo Banco as rescisões poderão passar essencialmente por um plano de reformas antecipadas, visto a instituição ser um dos bancos "com uma das faixas etárias mais elevadas" do sector, apontou Rui Riso, considerando que as rescisões por mútuo acordo também poderão ser usadas.

"Os outros bancos também estão em [processos de] redimensionamento", sublinhou o sindicalista que considera que antes do resgate e da cisão do BES em dois bancos já "havia uma necessidade de redimensionamento" do agora Novo Banco.

Rui Riso garantiu também que "havendo alguma redução" de trabalhadores, os sindicatos "serão parte da máquina e não da carruagem. Vamos fazer parte da solução".

Uma das grandes incógnitas do Novo Banco é o futuro dos 10.216 trabalhadores e das 788 agências da instituição (dados relativos a 2013).

Vítor Bento afirmou recentemente que é necessário fazer um "redimensionamento" do Novo Banco. "Está em curso a elaboração de um plano de reestruturação que irá fazer a avaliação concreta da situação e irá desencadear as medidas que depois terão que ser aplicadas", disse em entrevista à SIC no dia 7 de Agosto.

O presidente executivo do Novo Banco declarou não ser "ainda o timing exacto" para a reestruturação, mas afirmou esperar que venha a ser conhecido no "prazo de um a três meses, dependendo da densidade que o plano venha a ter e das etapas que vai ter que cumprir".