O Novo Banco compromete-se, em comunicado, a discutir os efeitos da reorganização que está em curso com os representantes dos trabalhadores. O objectivo é, se possível, reduzir o impacto social de tais medidas.

"Foi possível esclarecer as eventuais implicações nas relações laborais que possam decorrer de processos da reorganização do banco serão sempre avaliados em conjunto com o representantes dos trabalhadores no sentido de procurar as soluções que, sendo possíveis, minorem os eventuais efeitos sociais", indica um comunicado da instituição liderada por Vítor Bento (na foto) enviado esta quinta-feira.

O Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas (SBSI) tem a esperança que os despedimentos não venham a ser muito elevados: "A nossa expectativa é que o Novo Banco mantenha o maior número de postos de trabalho possível", disse Rui Riso à saída da reunião.

O presidente do conselho de administração do Novo Banco reuniu-se com "todos os sindicatos representantes dos trabalhadores da instituição a 14 de Agosto" e, no comunicado, garante que o acordo colectivo de trabalho do sector bancário se mantém em vigor "e será integralmente cumprido".

O Novo Banco herdou todos os trabalhadores do Banco Espírito Santo, que foi alvo de uma medida de resolução determinada pelo Banco de Portugal a 3 de Agosto, que o dividiu em banco bom e banco mau. "Todos os trabalhadores passaram para o Novo Banco mantendo os seus direitos e deveres, incluindo o fundo de pensões", assegura.

"Estas reuniões representaram também uma oportunidade para a administração reconhecer a importância dos representantes dos trabalhadores do Novo Banco na prossecução da missão confiada à equipa de gestão, de recuperar a posição como o melhor banco português", indica a instituição.