Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Representantes do Estado dizem que queda do GES foi determinante para Banif

O Banif tinha uma exposição de 119 milhões de euros, o que o obrigou a constituir imparidades que prejudicaram os rácios do banco. 

Miguel Baltazar
  • ...

O desmoronar do Grupo Espírito Santo teve um forte impacto na queda do Banif. Foi ela que, um ano antes da resolução, prejudicou a solvabilidade da instituição financeira fundada por Horácio Roque. A ideia tem sido transmitida por várias personalidades na comissão de inquérito ao banco e os representantes do Estado no banco, Issuf Ahmad e Miguel Artiaga Barbosa, também a sublinham.

 

Na intervenção inicial da audição desta terça-feira, 3 de Maio, Miguel Barbosa leu a posição de ambos, deixando claro que o facto mais negativo em 2014 "foi, sem dúvida, a erosão iminente dos rácios de solvabilidade na sequência da exposição ao Grupo Espírito Santo.

 

Foi em 2014 que o BES foi alvo de uma medida de resolução e as empresas do grupo pediram insolvência no Luxemburgo, onde estavam sediadas. Foi na sequência da exposição ao grupo que o banco não foi autorizado a devolver parte da ajuda estatal, afirmou já Jorge Tomé, o antigo presidente executivo do Banif.

 

Miguel Barbosa esteve no conselho fiscal do BPI e, em Outubro de 2014, aquando da saída de António Varela foi para o Banco de Portugal. Issuf Ahmad entrou em Maio no mesmo ano. E na intervenção inicial disseram que a queda do GES foi prejudicial para o Banif. 

 

No final daquele ano, a exposição total do Banif ao GES era de 119 milhões de euros e o banco viu-se obrigado a constituir uma imparidade para grande parte do montante: 80,4 milhões de euros. Uma imparidade que pesou nos prejuízos de 295,4 milhões de euros que o banco fundado por Horácio Roque registou em 2014.

 

Os prejuízos prejudicaram os rácios do banco, que não teve autorização regulatória para devolver a ajuda estatal que tinha de devolver no final do ano. Em 2015, a Direcção-Geral da Concorrência da Comissão Europeia abre uma investigação aprofundada ao auxílio público de 1,1 mil milhões de euros injectado no início de 2013. 

Ver comentários
Saber mais Grupo Espírito Santo Horácio Roque BES BPI Banif Banco de Portugal economia negócios e finanças serviços financeiros economia (geral) banca
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio