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Reclamação de créditos da sucursal portuguesa do Privée estende-se até 6 de Novembro

Os credores do Banque Privée têm duas semanas para comunicarem - e provarem - que têm dinheiro a receber da sucursal do suíço Banque Privée Espírito Santo. É mais um caminho para a liquidação de um activo do antigo GES.

Bruno Simão/Negócios
20 de Outubro de 2015 às 13:37
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A reclamação de créditos junto da sucursal portuguesa do Banque Privée Espírito Santo poderá ser feita até 6 de Novembro, no âmbito do habitual processo de insolvência. O banco caminha para a dissolução por decisão do Banco de Portugal.  

 

"O prazo para apresentação do requerimento de reclamação de créditos ao administrador de insolvência termina no próximo dia 6 de Novembro de 2015, às 24h00", assinala um comunicado publicado no site do regulador do mercado de capitais.

 

A 29 de Setembro, e no âmbito da liquidação da instituição, o Tribunal da Comarca de Lisboa proferiu o despacho que pretende citar os credores da sucursal do banco de gestão de fortunas: "Os credores da sociedade em liquidação devem comunicar de imediato ao administrador da insolvência a existência de quaisquer garantias reais de que beneficiem".

 

A reclamação de créditos, que tem de responder a vários indicadores como as condições, o montante e a sua natureza, deverá ser feita junto do administrador da insolvência: Bernardo de Sousa e Holstein Guedes. Bernardo Guedes era já gerente provisório da sucursal do banco do Grupo Espírito Santo desde Setembro de 2014, quando o Banco de Portugal, na sequência das falências que estavam a ocorrer no grupo, proibiu a concessão de créditos e a recepção de depósitos. 

 

O fim da sucursal do Banque Privée foi determinado pelo Banco de Portugal quando, a 21 de Setembro, tomou a decisão de revogar a autorização. "Nos termos da lei nacional aplicável, a revogação desta autorização produz os efeitos da declaração de insolvência, implicando a dissolução e liquidação judicial da sucursal, produzindo esta decisão efeitos a partir das 12 horas do dia 21.09.2015", aponta o comunicado publicado dias depois, a 25 de Setembro.

 

O Privée em Portugal era uma sucursal do banco criado na Suíça, que era presidido por José Manuel Espírito Santo (na foto), onde foi vendido papel comercial a clientes que também não foi reembolsado. A queda das sociedades de topo do Grupo Espírito Santo acabou por conduzir à insolvência das instituições financeiras.

 

Foi criada uma página para acompanhar a insolvência desta antiga empresa do grupo financeiro que entrou em colapso. 

O que é o Banque Privée Espírito Santo

Esta instituição é uma sucursal do banco constituído na Suíça em 1977, com uma actividade virada para a gestão de fortunas. As últimas contas conhecidas da sucursal do Privée Espírito Santo em Portugal, relativas a Junho de 2014 e publicadas no site da entidade e do regulador, apontam para um activo de 74,3 milhões de euros (o crédito a clientes representava, na mesma altura, 26,6 milhões). O passivo ascendia a 52,5 milhões de euros, sendo que 39 milhões eram relativos a recursos de clientes, onde se incluem os depósitos.

 

O Privée foi uma das instituições afectadas pela crise do Grupo Espírito Santo e também vendeu dívida emitida por sociedades de topo do grupo, como papel comercial, que não foi reembolsada.

 

Na Suíça, o banco está em insolvência, além de estar a ser investigado pela supervisora do mercado de capitais, a Finma.

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