Notícia
Gestor da Bragaparques condenado a pagar 2,7 milhões ao Novo Banco
Em causa está um adiantamento feito pelo BES a Domingos Névoa devido a problemas burocráticos no banco suíço do Grupo Espírito Santo, onde este tinha solicitado uma transferência de dinheiro.
Domingos Névoa, gestor da Bragaparques, foi condenado a pagar 2,7 milhões de euros ao Novo Banco por um crédito contraído junto do seu antecessor, o Banco Espírito Santo (BES), em 2014.
A notícia é dada esta quarta-feira, 10 de Janeiro, pelo Correio da Manhã e pelo Jornal de Notícias. A condenação foi ditada pelo Tribunal Cível de Braga.
O empresário vai recorrer da sentença, considerando que não fez nenhum empréstimo e apenas aceitou uma "livrança de favor". Na prática, Névoa terá pedido que lhe fossem transferidos da sua conta no Banque Privée Espírito Santo – na Suíça – 2,7 milhões para a sua conta no BES.
Devido a "problemas burocráticos" no banco suíço do Grupo Espírito Santo, ter-lhe-á sido sugerido que o dinheiro fosse adiantado pelo BES. A pedido de José Manuel Espírito Santo, Névoa acabou por assinar documentos para esse efeito, por lhe ter sido garantido que se tratava de um formalismo e que dentro de dias o dinheiro seria transferido.
Com o colapso do Grupo Espírito Santo, em Julho de 2014, essa transferência acabou por nunca acontecer. O Novo Banco, que ficou com os activos "bons" do BES, acabaria mais tarde por pedir a Domingos Névoa que pagasse os 2,7 milhões em causa. O empresário foi para os tribunais.
O Correio da Manhã especifica que, além dos 2,7 milhões adiantados ao empresário, Domingos Névoa também perdeu seis milhões de euros que se encontram na sua conta da Suíça.