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Quatro horas de audição e Carlos Costa não falou do convite para ficar no BdP  

Os deputados fizeram as perguntas. Mas o governador do Banco de Portugal não quis responder. A recondução foi um tema inexistente nas palavras de Carlos Costa.     

Miguel Baltazar
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Começou pelas 10h20 e terminou pelas 14h22. Quatro horas em que os deputados da comissão parlamentar de Orçamento e Finanças perguntaram, por várias vezes, se Carlos Costa tinha recebido um convite para se manter no cargo e se o tinha aceitado. Quatro horas em que não houve resposta.

 

Ao longo da audição, o governador foi apenas fazendo considerações sobre o seu mandato, que se iniciou em 2010 após a saída de funções de Vítor Constâncio. "Estou absolutamente à vontade: fiz um uso diligente e responsável [das competências atribuídas] e sabendo, claramente, em cada momento, onde estava a bifurcação das responsabilidades atribuídas ao Banco de Portugal", afirmou.

 

Carlos Costa também defendeu que a avaliação ao seu mandato não pode ficar presa na resolução e nos meses que a antecederam: "O caso BES marca o ano de 2014 mas o caso BES não marca o mandato. Isso seria menosprezar tudo o que foi feito", afirmou o governador na comissão parlamentar de Orçamento e Finanças.

 

Sobre a resolução, disse apenas que "não chegou ainda o momento" para olhar para essa decisão com "tranquilidade e de forma desapaixonada" para perceber o que se passou.

 

Contudo, respostas efectivas às perguntas dos deputados – recebeu um convite para ser reconduzido; aceitou esse convite, está disponível para se manter no cargo mesmo não havendo um consenso alargado entre os partidos – não houve.

 

Tem sido amplamente noticiado que Passos Coelho convidou Carlos Costa para continuar à frente do regulador do sector financeiro e que o segundo terá já dito "sim" ao convite. Não há confirmações oficiais nem do Executivo nem do governador. Certo é que, a acontecer, o nome proposto pelo Governo terá de ser ouvido no Parlamento e alvo de um relatório dos deputados antes de entrar em funções. 

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