Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

PSD e CDS pedem mais documentos para conhecer as sociedades misteriosas do GES

ES Enterprises, Opway e ES Resources. Quem são os accionistas, que dívidas tinham, quais as suas contas? São perguntas que sociais-democratas e centristas fazem a Salgado, Machado da Cruz e José Castella, já ouvidos anteriormente.

Bruno Simão/Negócios
12 de Fevereiro de 2015 às 19:32
  • ...

Continuam as dúvidas sobre várias das empresas que pertenciam ao universo Espírito Santo. Essa foi, aliás, uma das razões para prolongar os trabalhos da comissão parlamentar de inquérito à gestão do BES e do GES. Os partidos da maioria querem mais documentos que expliquem o seu funcionamento.

 

O PSD e o CDS enviaram inúmeros requerimentos para que a comissão de inquérito peça essas informações a Ricardo Salgado (antigo presidente executivo do BES), José Castella (tesoureiro do GES), Francisco Machado da Cruz (antigo contabilista do GES – ou "commissaire aux comptes") e Pierre Butty (administrador da ES Services).

 

A ES Services é, precisamente, uma das empresas de que se querem conhecer mais detalhes. Segundo noticiou o Público, terá sido utilizada como saco azul do GES. Os grupos parlamentares liderados na comissão por Carlos Abreu Amorim e Cecília Meireles pedem a estrutura accionista das empresas, os resultados e a respectiva justificação para as contas, as dívidas para com os bancos do GES.

 

Além da ES Services, é solicitada informação sobre a ES Resources (que era a sociedade que liderava a área não financeira do GES até ao surgimento da Rioforte) e a Opway (da área de construção).

 

Nos requerimentos enviados esta quinta-feira, 12 de Fevereiro, o PSD e o CDS querem, igualmente, a apresentação dos valores de dívida de membros da família Espírito Santo (a título particular, bem como através da ES Control, Control Development e ESAT) perante a ESI, desde 2005. O jornal i noticia que, no final de 2013, estas três empresas que pertenciam a responsáveis da família Espírito Santo (Ricardo Salgado, Maria do Carmo Moniz Galvão - mãe de Manuel Fernando Espírito Santo -, António Ricciardi, José Manuel Espírito Santo e Mário Mosqueira do Amaral – falecido em Março de 2014 e pai de Pedro Mosqueira do Amaral) deviam 468 milhões de euros à ESI, a empresa de topo do GES que faliu porque tinha dívida escondida. Foi por aí que começou a derrocada de todo o grupo.

 

A Luís Máximo dos Santos, presidente do conselho de administração do BES (entidade com os activos e passivos problemáticos do banco antes da resolução), os sociais-democratas e centristas solicitam informação mais específica sobre o impacto da linha de exposição de 3,3 mil milhões de euros ao antigo BESA e seu impacto no balanço daquela instituição.

Ver comentários
Saber mais Espírito Santo BES Ricardo Salgado ES Services GES PSD CDS comissão de inquérito banca
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio