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PS insiste em nacionalizar Novo Banco
Ao Diário de Notícias, João Galamba defende que a nacionalização do Novo Banco não vem trazer novos custos mas apenas “reconhecer” os que já existem. Para o deputado, o Estado não deve pagar para ter de vender a instituição que sucedeu o Banco Espírito Santo.
O deputado socialista João Galamba defendeu esta segunda-feira, 9 de Janeiro, ao Diário de Notícias, a nacionalização do Novo Banco. Para o também vice-presidente da bancada do Partido Socialista (PS), "nacionalizar de facto não traz novos custos, apenas reconhece custos que sempre existiram".
"Só quero que o Estado assuma em pleno e de forma normal o que já existe", afirma Galamba lembrando que o Estado já se encontra no Novo Banco através do Fundo de Resolução.
O deputado socialista lembra que a actual proposta da Lone Star fica abaixo do valor aplicado para recuperar o banco após a resolução do Banco de Portugal a 3 de Agosto de 2014. Desse modo, o Estado estaria "a pagar" para vender o Novo Banco.
"Uma das piores coisas que se pode fazer a um banco é pôr-lhe um carimbo de ‘transitório para venda’", recordou.
Também outras vozes do PS se juntam a esta posição, escreve o Diário de Notícias referindo os nomes de Eurico Brilhante Dias e Paulo Trigo Pereira. "A nacionalização é uma opção táctica que deve estar em cima da mesa caso não haja nenhum interessado em candidatar-se de forma adequada ao banco", afirmou Brilhante Dias.
O próprio ministro das Finanças, Mário Centeno, não tinha afastado na semana passada a hipótese de nacionalizar o Novo Banco.