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Orçamento de 2018 da mutualista do Montepio não conta com Santa Casa

A venda de até 10% na caixa económica do Montepio terá implicações na casa-mãe, mas a opção não foi incorporada no orçamento da mutualista para o próximo ano.

Lusa
Diogo Cavaleiro diogocavaleiro@negocios.pt 12 de Dezembro de 2017 às 22:51
As contas da Montepio Geral - Associação Mutualista para o próximo ano não têm em conta a eventual entrada da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa no seu principal activo, a Caixa Económica Montepio Geral. Aquele investimento, a acontecer, melhorará a liquidez da associação, mas tal não está inscrito no programa de acção e orçamento do próximo ano, elaborado pela administração liderada por António Tomás Correia.

"Esta melhoria da liquidez não foi contemplada, e bem, no presente plano, por questões prudenciais", opina o conselho fiscal no parecer emitido àquele documento, que será votado a 27 de Dezembro.

"Na sequência do memorando de entendimento assinado em 30 de Junho do corrente ano entre o Montepio Geral - Associação Mutualista e a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, antevê-se a possibilidade desta entidade adquirir uma participação accionista no capital da Caixa Económica Montepio Geral, o que, a acontecer, ocasionará no balanço da associação mutualista uma redução dos investimentos em subsidiárias e associadas, por contrapartida de um encaixe financeiro do mesmo montante", acrescenta o conselho fiscal.

A mútua receberá, então, o valor pela parcela de capital que vender à entidade cujo provedor é Edmundo Martinho, se tal operação se concretizar, e, em paralelo e no mesmo montante, reduz o seu activo. Só que essa transacção não é ainda assumida.

No plano para 2018, a administração da mutualista pouco menciona a Santa Casa de Lisboa, dizendo apenas que é uma das suas "parcerias estratégicas (...) no sentido de encontrar caminhos de realização dos objectivos estratégicos de racionalização do grupo e de obtenção de condições para o seu desenvolvimento", a par da CEFC China Energy Company, que tem acordo para adquirir a maioria do capital da Montepio Seguros, dona da Lusitania.

O objectivo enunciado por Tomás Correia tem sido o de criação de uma instituição da economia social. Uma decisão final é esperada para as próximas semanas.
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