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Tomás Correia assume que não conta com Félix Morgado para o Montepio

Nuno Mota Pinto tem "perfil" para tornar Montepio no banco da "economia social". A afirmação consta do comunicado da mutualista, que enquadra a mudança na entrada da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

Sábado
Diogo Cavaleiro diogocavaleiro@negocios.pt 14 de Dezembro de 2017 às 19:25

António Tomás Correia formalizou a decisão de não contar com José Félix Morgado para ficar à frente da Caixa Económica Montepio Geral, apesar de ainda faltar um ano para o final do mandato. A associação mutualista confirma o nome de Nuno Mota Pinto para o substituir, dizendo que tem o "perfil" para transformá-lo na instituição da "economia social".

 

"Nuno Mota Pinto foi convidado e já aceitou presidir à comissão executiva da Caixa Económica Montepio Geral (CEMG). A escolha reúne o consenso da estrutura accionista e adequa-se ao perfil requerido para a execução da estratégia definida no sentido de dar cumprimento aos objectivos de transformação da caixa na instituição financeira portuguesa de referência para a economia social", adianta o comunicado enviado às redacções pela mutualista esta quinta-feira, 14 de Dezembro. 

 

Na nota, não há quaisquer considerações sobre a actual equipa de gestão, nem explicações sobre o que acontecerá ao conselho de administração executivo, comandado por José Félix Morgado. O Negócios avançou já que, por ser destituído sem justa causa, o gestor teria direito a auferir pelo menos cerca de 400 mil euros

A mutualista enquadra esta modificação da estrutura na entrada de um novo investidor, a Santa Casa, que deverá adquirir até 10% do capital do banco. "Na sequência do plano da parceria de desenvolvimento da instituição financeira da economia social, que decorre do memorandum de entendimento assinado com a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa em Junho de 2017, torna-se indispensável a criação de condições para a sua operacionalização", acrescenta a nota.

A associação comandada por Tomás Correia defende que "os parceiros envolvidos têm vindo a dar passos importantes na concretização da estratégia anunciada". Uma frase escrita quando foi já noticiado que a percepção de Tomás Correia era a de que Félix Morgado não se encaixava na ideia de uma instituição da economia social onde, além de ter a Santa Casa como accionista (que ainda carece de oficialização), poderiam estar outras entidades do terceiro sector. 

 

Nuno Mota Pinto "iniciará as suas funções logo que, nas próximas semanas sejam cumpridos os trâmites estatutários, legais e regulamentares". Os estatutos da caixa têm de ser alterados para consagrar a existência de apenas um conselho de administração composto pela comissão executiva de sete elementos e por oito membros não executivos e não de dois órgãos, como até aqui (conselho de administração executivo e conselho geral e de supervisão). Nuno Mota Pinto, administrador do Banco Mundial, será presidente da nova comissão executiva, se o nome passar no processo de adequação do perfil ("fit and proper") do Banco Central Europeu.

 

(Notícia actualizada com mais informações às 19:30)

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