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Santa Casa decide até final do ano investimento no Montepio

O provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), Edmundo Martinho, disse hoje que a decisão do investimento da instituição no capital da Caixa Económica no Montepio Geral deverá ser tomada até ao final do ano.

Lusa
Lusa 06 de Dezembro de 2017 às 15:09

"Eu gostava que até ao final do ano tivéssemos uma decisão tomada" do "lado da Santa Casa, do lado da Associação Mutualista, em relação à alienação de uma parte das ações, para depois podermos avançar tranquilamente ao longo de 2018", disse Edmundo Martinho aos jornalistas, à margem da cerimónia da sua tomada de posse como provedor da SCML. 

 

Edmundo Martinho adiantou que o 'dossier Montepio' está "numa fase final da avaliação" por parte de uma entidade financeira e avançou que a participação que está prevista ocorrer será no máximo de "10% do capital da Caixa Económica".

 

"Os dados que conhecemos apontam para uma estabilização da Caixa Económica, o que é muito positivo e que nos deixam expectativas importantes em relação àquilo que pode ser o futuro da Caixa Económica", vincou.

 

Segundo o novo provedor, fica por definir o valor, as condições em que a entrada da Santa Casa possa ocorrer.

 

Edmundo Martinho contou que tem sido "uma premissa" das conversas com a associação mutualista que o investimento da Santa casa, "mais do que uma entrada" ou "impulso financeiro, seja um "reforço da economia social" e da governação da Caixa Económica.

 

O que está previsto é que a Santa Casa tenha "uma palavra a dizer nas diversas instâncias de governação da Caixa Económica", adiantou.

 

O provedor explicou que "esta operação não tem nada a ver com uma perspectiva de curto prazo" e que "não é uma operação financeira".

 

É uma operação que visa que a Santa Casa dê "um contributo àquilo que pode ser uma grande instituição da economia social", reforçou.

 

Questionado sobre a entrada da Santa Casa no Montepio, o ministro do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Social, Vieira da Silva, disse que vê "com simpatia" que a "Misericórdia de Lisboa, como grande instituição que é muito próxima da economia social, faça esforços no sentido de ajudar a reforçar o sector da economia social".

 

No caso desta decisão se concretizar, as duas instituições "saberão encontrar o equilíbrio", porque são duas "instituições com grandes ramificações na sociedade portuguesa", adiantou Vieira da Silva.

 

O ministro adiantou ainda que as decisões que a Santa Casa venha a tomar "serão bem fundamentadas", uma vez que tem vindo a estudar este investimento ao longo dos últimos meses.

 

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